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Defesa Civil diz que 54 imóveis foram interditados por explosão no Rio

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

19/10/2015 10h44Atualizada em 19/10/2015 19h12

A Defesa Civil do Rio de Janeiro informou que 54 imóveis foram interditados devido a explosão que deixou sete feridos na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (19). Destes, 13 foram interditados por risco estrutural, e alguns começaram a ser demolidos no fim da tarde. Outros 41 imóveis estão interditados por risco de desprendimento de forros de gesso e outros materiais.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social atendeu e cadastrou numa tenda montada no local da explosão 41 moradores que tiveram imóveis afetados. Somente uma pessoa aceitou acolhimento na rede de proteção do município --os demais moradores optaram por se alojar na casa de amigos e familiares. "Não posso permitir que uma pessoa retorne e sofra algum acidente", afirmou o subsecretário de Defesa Civil do Rio, coronel Márcio Motta.

Motta disse ainda que a explosão deve estar relacionada a botijões de gás. "Muito provavelmente o que houve aqui foi uma explosão devido a um vazamento de gás GLP (de botijão) que confinou em algum espaço, encontrou uma chama e houve essa queima súbita", declarou.

Por fotos anteriores ao acidente, os prédios no centro da explosão aparentavam ter dois andares e ruíram, deixando o lugar tomados por escombros. O edifício do outro lado da rua, em frente ao local atingido, teve janelas arrancadas pelo deslocamento de ar no momento do acidente.

A principal suspeita da Polícia Civil do Rio de Janeiro é que a explosão que deixou ao menos sete feridos em São Cristóvão, na zona norte da cidade, na madrugada desta segunda-feira (19), tenha sido causada devido à estocagem irregular de gás. A polícia, no entanto, ainda aguarda o laudo da perícia e do Corpo de Bombeiros para determinar o motivo exato da explosão.

"Pelo tamanho da explosão não parece, em um primeiro momento, que partiu das residências, ao menos que houvesse um estoque irregular de gás em alguma das quitinetes", afirmou um dos policiais responsáveis pela investigação, que preferiu não se identificar.

Até o momento a polícia ouviu 13 pessoas, entre elas quatro vítimas da explosão e dois proprietários da pizzaria destruída pelo acidente.
No terreno da rua São Luiz Gonzaga impactado pela explosão havia um restaurante, uma pizzaria, uma farmácia e uma vila residencial, onde se concentra o trabalho do Corpo de Bombeiros na busca por outros feridos, que deve durar até a noite de terça (20).

Moradora do local, a costureira Marlene Sangy, 46, afirmou ter perdido tudo dentro de casa. "Vi tudo vindo abaixo. Só deu tempo de ligar para a polícia e pedir ajuda. (...) A explosão destruiu tudo. Roupas, objetos, enfim. Tudo dentro da casa está destruído."

Veja imagens da destruição causada por explosão no Rio

Band News

Feridos

Dos sete feridos na explosão que destruiu imóveis na zona norte do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (19), quatro foram liberados pelo Hospital Souza Aguiar, no centro da capital fluminense, após receberem atendimento.

Os outros três continuam na unidade, mas passam bem, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e não correm risco de vida. Entre as que permanecem no hospital, há uma criança de nove anos. Ela aguarda autorização do setor de neurocirurgia para ser liberada.

Também estão hospitalizados Maria Márcia, 28, em observação, e Manoel Araújo, 84, que está no setor de ortopedia à espera de alta.

Já Ana Araújo, 38, Mauro L. Araújo, 84, Jair Silva, 27, e um homem identificado apenas como Valdecir já deixaram o Souza Aguiar. Eles sofreram apenas escoriações ou ferimentos leves.

explosão no rio - antes - GoogleStreetView - GoogleStreetView
Imagem do Google Street View mostra o local antes da explosão
Imagem: GoogleStreetView

explosão no rio - depois - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo  - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Bombeiros trabalham no local da explosão na zona norte do Rio
Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo