Namorado e comerciante são presos acusados por morte de universitária em MG
Um dia depois de o corpo da universitária Larissa Gonçalves de Souza, 21, ter sido encontrado em um matagal no bairro de Ponte Alta, em Extrema (484 km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, a Polícia Civil do Estado prendeu dois suspeitos de planejarem o assassinato: o namorado da estudante, o modelo Luccas Gamero, 21, e o comerciante José Roberto dos Santos Freire, 35.
A universitária estava desaparecida desde o dia 23 de outubro. O corpo já estava em decomposição. Ela havia sido vista pela última vez na rodoviária de Extrema, quando esperava um ônibus para Bragança Paulista, onde estudava biomedicina.
Segundo a polícia, os dois acusados mantinham um relacionamento amoroso. Freire teria confessado encomendar a morte de Larissa a um casal por R$ 1.000 a mando de Gamero, empregado de sua loja de roupas na cidade mineira. O namorado da estudante morta nega participação no crime e o relacionamento com o empresário.
Os dois começaram a ser monitorados pela polícia desde que o suposto caso foi identificado. Em seu depoimento, Freire disse que a negativa de Gamero em assumir a relação e romper o namoro com Larissa o fez decidir pelo crime. Por intermédio de um garoto de programa, contratou um homem, identificado como Henrique, que teria sido o executor de Larissa. Os dois tiveram quatro conversas por celular para combinar os detalhes do crime.
Conforme o relato, no dia do crime, Freire foi buscar Henrique e uma mulher, em Bragança Paulista (SP). O trio seguiu para a rodoviária de Extrema para encontrar Larissa. A vítima foi dominada e levada para a casa do comerciante, onde foi morta pelo casal.
Após o assassinato, o corpo foi colocado no porta-malas do carro do comerciante e desovado no bairro Ponte Alta. O casal foi levado de carro por Freire até a rodoviária de Bragança Paulista. Eles são procurados pela polícia. Um terceiro suspeito de participação no crime está sendo investigado.
Segundo a médica legista Tatiana Koeller de Matos, o corpo foi encontrado com os punhos atados aos pés por fios elétricos. Ele apresentava muitas marcas roxas, sendo que a mandíbula estava fraturada em dois pontos. Os ossos do pescoço também apresentavam fraturas, e o rosto da vítima estava coberto com fita adesiva. “As marcas mostram que ela foi amarrada com vida. Podemos concluir que houve crueldade."
A loja do comerciante foi incendiada pelos moradores da cidade na noite de terça-feira (3), quando começaram a surgir rumores, em redes sociais, da participação dele no crime. Produtos e móveis foram atirados para fora do estabelecimento e incendiados.
O UOL não conseguiu identificar os defensores dos dois acusados até a conclusão desta reportagem.
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