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Namorado e comerciante são presos acusados por morte de universitária em MG

Loja de roupas que pertence a suspeito queimada durante a madrugada - Mario Ângelo/Sigma Press/Estadão Conteúdo
Loja de roupas que pertence a suspeito queimada durante a madrugada Imagem: Mario Ângelo/Sigma Press/Estadão Conteúdo

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

04/11/2015 20h37

Um dia depois de o corpo da universitária Larissa Gonçalves de Souza, 21, ter sido encontrado em um matagal no bairro de Ponte Alta, em Extrema (484 km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, a Polícia Civil do Estado prendeu dois suspeitos de planejarem o assassinato: o namorado da estudante, o modelo Luccas Gamero, 21, e o comerciante José Roberto dos Santos Freire, 35.

A universitária estava desaparecida desde o dia 23 de outubro. O corpo já estava em decomposição. Ela havia sido vista pela última vez na rodoviária de Extrema, quando esperava um ônibus para Bragança Paulista, onde estudava biomedicina. 

Larissa Gonçalvez, universitária encontrada morta em Extrema (MG) - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Larissa Gonçalvez, universitária encontrada morta em Extrema (MG)
Imagem: Reprodução/Facebook

Segundo a polícia, os dois acusados mantinham um relacionamento amoroso. Freire teria confessado encomendar a morte de Larissa a um casal por R$ 1.000 a mando de Gamero, empregado de sua loja de roupas na cidade mineira. O namorado da estudante morta nega participação no crime e o relacionamento com o empresário. 

Os dois começaram a ser monitorados pela polícia desde que o suposto caso foi identificado. Em seu depoimento, Freire disse que a negativa de Gamero em assumir a relação e romper o namoro com Larissa o fez decidir pelo crime. Por intermédio de um garoto de programa, contratou um homem, identificado como Henrique, que teria sido o executor de Larissa. Os dois tiveram quatro conversas por celular para combinar os detalhes do crime.

Conforme o relato, no dia do crime, Freire foi buscar Henrique e uma mulher, em Bragança Paulista (SP). O trio seguiu para a rodoviária de Extrema para encontrar Larissa. A vítima foi dominada e levada para a casa do comerciante, onde foi morta pelo casal. 

Após o assassinato, o corpo foi colocado no porta-malas do carro do comerciante e desovado no bairro Ponte Alta. O casal foi levado de carro por Freire até a rodoviária de Bragança Paulista. Eles são procurados pela polícia. Um terceiro suspeito de participação no crime está sendo investigado. 

Segundo a médica legista Tatiana Koeller de Matos, o corpo foi encontrado com os punhos atados aos pés por fios elétricos. Ele apresentava muitas marcas roxas, sendo que a mandíbula estava fraturada em dois pontos. Os ossos do pescoço também apresentavam fraturas, e o rosto da vítima estava coberto com fita adesiva. “As marcas mostram que ela foi amarrada com vida. Podemos concluir que houve crueldade." 

A loja do comerciante foi incendiada pelos moradores da cidade na noite de terça-feira (3), quando começaram a surgir rumores, em redes sociais, da participação dele no crime. Produtos e móveis foram atirados para fora do estabelecimento e incendiados.

O UOL não conseguiu identificar os defensores dos dois acusados até a conclusão desta reportagem.