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Prefeito sofre acidente em ponte que sua administração não consertou no MA

Carro acidentado do prefeito de Codó (MA), Zito Rolim. Ele não percebeu que a ponte tinha caído - e que sua administração tinha de ter consertado - Correio Codoense
Carro acidentado do prefeito de Codó (MA), Zito Rolim. Ele não percebeu que a ponte tinha caído - e que sua administração tinha de ter consertado Imagem: Correio Codoense

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

04/11/2015 15h05

A ponte caiu e não foi consertada. E a falta de manutenção acabou por vitimar o próprio prefeito da cidade. Zito Rolim (PV), prefeito de Codó (a 290 km de São Luís, no Maranhão), guiava sua caminhonete nesta terça-feira (3) por uma estrada vicinal no distrito de Amparo quando caiu em uma vala onde a ponte, desmoronada, não tinha sido reparada.

Rolim teve alta nesta quarta-feira (4) de um hospital particular de Teresina, no Piauí, após ficar dois dias em observação. Segundo nota da prefeitura, o prefeito passou por exames em Codó que não identificaram problemas graves. Mesmo assim, seguiu para para um hospital de Teresina por conta de uma pancada que sofreu na região do tórax.

Segundo apurou o UOL, o acidente ocorreu em uma estrada vicinal em um trecho que deveria ter ao menos quatro pontes --todas estão interditadas para recuperação.

De acordo com um morador da cidade, que não quis se identificar, as pontes estão interditadas desde o primeiro semestre, e os serviços de reparo não foram iniciados. 

A prefeitura, em nota, informou que a queda do veículo do prefeito ocorreu em uma “ribanceira por conta da pouca visibilidade no local, além da poeira na estrada”.

No local também não havia sinalização. O mesmo morador contou que, no local onde o prefeito passou, o tráfego foi desviado. "Só que ele estava trafegando de madrugada e não percebeu o desvio e não viu que não tinha mais ponte.”

Segundo o secretário de Infraestrutura de Codó, Márcio Esmero, há falha de sinalização no local, fato que teria contribuído para o acidente. Ele negou que a obra esteja parada. “É um convênio entre a prefeitura e o governo do Estado. A obra está em andamento. O erro foi a sinalização ineficaz da empresa na obra. Foi uma fatalidade.”

O secretário informou ainda que as obras incluem seis pontes na região em um trecho de 53 quilômetros. Não soube informar, no entanto, qual o prazo de conclusão dos reparos. “Tivemos uma reunião com representantes da empresa prestadora de serviços, que  se comprometeu a acelerar as obras e melhorar a sinalização nos locais."