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Idosa morre depois de inalar fumaça tóxica de incêndio no Guarujá (SP)

Do UOL, em São Paulo

19/01/2016 11h31Atualizada em 19/01/2016 11h37

Uma idosa morreu na segunda-feira (18) depois de ter inalado fumaça tóxica expelida durante incêndio em contêineres com produtos químicos, ocorrido na última quinta-feira (14) em Guarujá (a 86 km da capital), no litoral de São Paulo.

Leia Magalhães de Maria, 68, faleceu no hospital Pitangueiras, em Jundiaí (a 58 km da capital), para onde tinha sido levada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), "com queixa de vômito persistente há quatro dias e mal súbito", informou a prefeitura local.

Em nota, a prefeitura divulgou que a causa da morte da idosa foi "insuficiência respiratória, pneumonite química e inalação de fuligem e gases tóxicos", segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal).

Leia morava no bairro Sítio Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho e começou a ter problemas ainda na quinta-feira (14), após inalar a fumaça tóxica por conta do incêndio - sentiu náuseas e vomitou bastante.

Um dos filhos da idosa a levou para Jundiaí, no interior de São Paulo, cidade onde ele reside. Com os mesmos sintomas, a aposentada foi encaminhada para o Hospital das Pitangueiras.

 

Incêndio

O fogo começou por volta das 15h de quinta-feira, em um contêiner da empresa Localfrio, onde estava armazenado ácido dicloroisocianúrico. As chamas se alastraram e atingiram outros contêineres com diversos produtos químicos, produzindo um grande volume de fumaça tóxica. O incêndio só foi controlado cerca de 37 horas depois pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo a última atualização divulgada ontem pela Prefeitura do Guarujá, 175 pessoas tinham sido atendidas nas unidades médicas, mas nenhum caso grave foi registrado. A maioria foi liberada logo após ser medicada.

Também ontem, peritos federais e da Polícia Científica de São Paulo coletaram na empresa material para auxiliar na apuração do incêndio. Além do inquérito na Polícia Civil, foi aberto processo de investigação pelo Mistério Público Estadual.

Em nota, a Localfrio se diz "comprometida em esclarecer os motivos que levaram a esse episódio, uma vez que os processos de segurança da companhia já são minuciosamente seguidos e validados em simulados e treinamentos periódicos. A empresa está engajada, desde o primeiro momento, em apoiar as instâncias responsáveis com a averiguação em andamento, contribuindo com todas as informações e atendendo a todas as exigências para continuidade do processo". (Com Agência Brasil)