Marginais Pinheiros e Tietê não alagavam juntas havia 11 anos, diz CGE
A forte chuva que atingiu vários pontos de São Paulo e causou mortes entre a noite de ontem e a madrugada desta sexta-feira (11) provocou alagamentos ao longo das marginais Pinheiros e Tietê em proporções que não eram registradas desde maio de 2005, segundo informações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
O transbordamento dos rios interrompeu o tráfego de veículos em muitos trechos.
A capital teve, ao todo, 68,3 milímetros de chuva entre 7h de ontem e 7h de hoje. Desde o dia 1º do mês, o acumulado é de 156,6 milímetros, o que representa 89% da média para março (175,8 milímetros).
Dos 28 bairros monitorados, houve maior acúmulo (até a meia-noite) em Perus (107,1 milímetros), Penha (87,5 milímetros) e Itaim Paulista (86,1 milímetros).
De acordo com o CGE, nesta época do ano em 2015, São Paulo registrava um acumulado bem menor de precipitação, por conta da estiagem. Em 2016, o índice vem batendo recordes todo mês, perante as médias para o período.
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), que fica na região da ponte Jaguaré (zona oeste), na marginal Pinheiros, ficou alagada.
Na altura da ponte da Casa Verde (zona norte), na marginal Tietê, a água também subiu.
No Tatuapé (zona leste), pela manhã, era possível ver o nível do rio Tietê bem perto do asfalto, com água barrenta e carregando muita sujeira.
Conforme a água vai baixando, nesta sexta-feira, os motoristas enfrentam congestionamento nos pontos já liberados.
A cidade bateu recorde de lentidão neste ano por volta de 8h30 da manhã. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 9h30, eram registrados 172 quilômetros de lentidão, número bem acima da média para o horário, que varia entre 84 quilômetros e 110 quilômetros. O rodízio está mantido.
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