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Jovem bate seu carro em Porsche, deixa bilhete e atitude surpreende o dono

Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

Renan Prates

Colaboração para o UOL

09/08/2017 14h38

Uma cena pouco comum aconteceu na noite de sexta-feira em Florianópolis (Santa Catarina). Um jovem bateu em um Porsche que estava estacionado. Sem encontrar o dono do veículo, ele deixou um bilhete com o telefone e um pedido de desculpas. O caso ainda virou uma troca de gentilezas: o dono se emocionou com o gesto e sequer vai cobrar pelo dano.

O incidente aconteceu quando o assistente de TI Matheus Souza se distraiu quando ia estacionar o seu carro para ir em um restaurante no bairro de Santa Mônica. Ele acabou batendo no Porsche do psicólogo Carlos Pimenta.

“No primeiro instante, vi que tinha raspado em alguma coisa e fiquei preocupado, sem saber o que fazer. Quando vi que era um Porsche, fiquei bem nervoso, porque era um carro importado. Foi aí que Deus começou a trabalhar, agindo na mente e me mostrando o que deveria ser feito”, afirmou, ao UOL.

Pimenta admitiu que ficou muito surpreso com a atitude de Souza. “Foi muito diferente do usual a atitude dele...De cara agradeci, porque no bilhete ele já pediu desculpas, então percebi que ele era diferente. Aí eu falei: não quero te prejudicar. Falei que ia levar em um lugar que eu faço que é bem mais barato, já tinha pintado meu carro e apenas queria reparar o dano”.

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Matheus Souza (d) bateu no carro de Carlos Pimenta. Mas tudo acabou bem
Imagem: Arquivo Pessoal

Souza contou para Pimenta que bateu o carro quando foi abaixar para pegar a carteira. Ele ficou assustado por saber que se tratava de um Porsche, mas mesmo assim fez questão de reparar o erro. Ele procurou nas casas ao lado o dono do carro. Como não teve sucesso, resolveu deixar o bilhete, o que sensibilizou o psicólogo, que postou o recado nas suas redes sociais e o caso viralizou.

“Fiquei comovido, mexido com aquilo, me sensibilizou bastante. Não foi só a atitude de deixar o bilhete, foi porque embora ele pensasse que o prejuízo ia ser grande, não queria fugir da responsabilidade. Falei a ele que era algo tão raro acontecer algo do tipo hoje em dia, principalmente porque era um lugar ermo, não tinha testemunha. Não aconteceu nada demais, ele poderia ir embora, mas resolveu ficar mesmo sabendo que era algo que podia fugir do alcance dele”.

O psicólogo se encontrou pessoalmente com o assistente pela primeira vez no domingo. Mas Souza não esqueceu de querer pagar Pimenta pelo ocorrido.

“Ele me procurou na segunda-feira me perguntando eu havia feito algum orçamento e quanto custaria. Mas eu decidi que não vou cobrar”.

Souza disse que foi parabenizado por amigos e familiares por ter tomado essa atitude. Ele espera servir de exemplo para que outros sigam no mesmo caminho.

“Fico triste por esse tipo de atitude não ser comum no Brasil nos dias de hoje. Espero que minha atitude pode servir de exemplo e influenciar algumas pessoas”.

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Imagem: Arquivo Pessoal