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Homem é detido acusado de ejacular na perna de passageira no BRT do Rio

Mulher foi atacada durante viagem em ônibus do BRT, no Rio de Janeiro - André Durão/UOL
Mulher foi atacada durante viagem em ônibus do BRT, no Rio de Janeiro Imagem: André Durão/UOL

Wanderley Preite Sobrinho

Colaboração para o UOL

31/08/2017 17h11

Depois de dois casos de assédio sexual em ônibus de São Paulo, um homem foi preso nesta quinta-feira (31) na zona Oeste do Rio de Janeiro pelo mesmo crime. Ele está detido sob acusação de ejacular na perna de uma passageira em uma estação do BRT, linhas de ônibus que trafegam em corredores exclusivos.

De acordo com o Consórcio BRT, responsável pelo meio de transporte, o assédio aconteceu na estação Mato Alto, em Guaratiba. Assim que o rapaz ejaculou em uma das pernas da passageira, ela procurou o corpo policial do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis).

O suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher de Campo Grande, também na Zona Oeste do Rio, onde deve responder inquérito.

“O Consórcio BRT repudia qualquer tipo de assédio, desenvolve campanhas de conscientização e firma parcerias para combate à violência contra a mulher”, escreveu a empresa.

A identidade do suspeito e da vítima não foi revelada.

Outros casos nesta semana

Na quarta (30), a cantora Juliana de Deus, de 25 anos, teve os seios apalpados por um homem que sentava ao lado dela em um ônibus que seguia para Vila Mariana, zona Sul de São Paulo.

É uma “tristeza muito grande por saber que isso vai se repetir”, afirmou Juliana, que esboçou otimismo ao lembrar que “as mulheres estão, enfim, muito mais ativas para denunciar”.

Mas nem todas pensam assim. Na segunda-feira (27), a colunista Clara Averbuck denunciou nas redes sociais o assédio que sofreu por parte de um motorista da Uber, mas se recusou a prestar queixa por não "confiar no sistema".

Na terça, por volta das 13h30, outra mulher denunciou um homem que ejaculou em seu pescoço na região da Avenida Paulista. O caso ganhou as redes sociais porque o juiz José Eugenio do Amaral Souza considerou que “não houve constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça” e soltou o suspeito no dia seguinte.

O ato acabou classificado como atentado violento ao pudor, cuja pena será o pagamento de multa.