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Bombeiros drenam água e retiram carcaças de carros dos escombros de prédio

12.mai.2018 - Bombeiros continuam os trabalhos em buscas por corpos de vítimas do desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida - ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
12.mai.2018 - Bombeiros continuam os trabalhos em buscas por corpos de vítimas do desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida Imagem: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo*

12/05/2018 12h48

O Corpo de Bombeiros continua neste sábado (12) o trabalho de escavação dos escombros do edifício Wilton Paes de Almeida, no largo do Paissandu, no centro de São Paulo, 11 dias após o incêndio e desabamento do prédio que deixou pelo menos dois mortos - outras seis pessoas são consideradas desaparecidas.

Neste sábado, os bombeiros drenaram e água do subsolo e retiraram veículos dos escombros. A estimativa da corporação é que os trabalhos de escavação terminem entre domingo (13) e segunda (14).

Segundo informou na sexta-feira (11) o porta-voz dos bombeiros, tenente Guilherme Derrite, a busca por vítimas será encerrada quando os bombeiros atingirem o segundo subsolo do edifício - na sexta, as equipes trabalhavam no primeiro pavimento subsolo.

Até agora, dois corpos de moradores foram identificados: Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro e Francisco Lemos Dantas, este último reconhecido nesta sexta.

Além disso, equipes do Corpo de Bombeiros localizaram na tarde de novos fragmentos de ossos humanos nos escombros. Conforme o tenente, médicos legistas do Instituto de Criminalística identificaram as partes ósseas encontradas como as de um fêmur de adulto, mas tanto a identificação quanto a confirmação de que não pertencem a uma criança dependem de análise no IML (Instituto Médico Legal).

Essa foi a terceira vez em que os bombeiros localizaram restos de ossos humanos nos escombros do edifício. Com localização do corpo de Ricardo Galvão Pinheiro, 38, na sexta passada (4), e com a informação da Secretaria de Segurança Pública de que os ossos desta semana pertencem a adultos e duas crianças, os bombeiros não descartam que material de seis vítimas já tenha sido resgatado. Entretanto, apenas a comparação com material genético de familiares é que afirmará se as partes de ossos pertencem a uma mesma vítima ou se são de diferentes pessoas.

A lista de desaparecidos tem seis moradores da ocupação: o catador de materiais recicláveis Gentil Rocha de Sousa, 54, uma mãe com os filhos gêmeos de 10 anos e um casal. O Corpo de Bombeiros ainda não descarta a possibilidade de sobreviventes, embora os bolsões de ar encontrados com mais frequência no início da semana tenham se tornado mais raros desde quarta (9).

Derrite explicou que, embora as buscas caminhem para a reta final, é possível que lajes ou outras estruturas, mesmo no subsolo, sirvam de proteção para eventuais sobreviventes. A hipótese, no entanto, é considerada remota dada a condição em que os restos mortais foram encontrados ao longo da semana.

*Colaborou Janaina Garcia