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Passageiros relatam feridos graves e demora do socorro após acidente em San Francisco; ouça

Do UOL, em São Paulo

11/07/2013 12h57

Áudio de ligações ao serviço de emergência 911 revela momentos de pânico de passageiros após o acidente com o voo 214 da Asiana Airlines, no aeroporto de San Francisco, no sábado (6).

Nos áudios das ligações divulgados é possível ouvir relatos de passageiros indicando a presença de feridos com gravidade, alguns com suspeita de risco de morte, e a demora na chegada de ambulâncias.

Autoridades de San Franciso disseram que as ambulâncias não puderam se aproximar do avião por temer que a aeronave pudesse explodir.

Segundo uma uma autoridade federal dos EUA, os passageiros do avião da Asiana Airlines receberam inicialmente a orientação de não deixar a aeronave depois que ela deslizou na pista do aeroporto da cidade.

Só 90 segundos depois da colisão, quando um tripulante viu fogo no lado de fora, veio a ordem de retirada, e 30 segundos depois chegaram os primeiros veículos de resgate, segundo Deborah Hersman, diretora do Departamento Nacional de Segurança dos Transportes.

O acidente com o Boeing 777 da companhia sul-coreana provocou a morte de duas adolescentes chinesas e deixou cerca de 180 feridos.


Na quarta entrevista coletiva sobre o acidente, Hersman disse que três comissários foram ejetados com seus assentos do avião depois que a cauda do aparelho colidiu com um quebra-mar na cabeceira da pista, momentos antes do pouso.

Hersman observou que a desocupação imediata do avião não é necessariamente o procedimento padrão, e que a decisão correta cabe aos pilotos. "Os pilotos indicaram que estavam trabalhando com o controle da aeronave", disse ela. "Não sabemos o que os pilotos estavam pensando, mas posso lhes dizer que em acidentes anteriores houve tripulantes que não desocuparam. Eles esperam outros tripulantes chegarem", disse ela.

As regras de segurança estipulam que o avião deve ter condições de ser totalmente desocupado em 90 segundos.

Hersman disse que entrevistas com 6 dos 12 comissários de bordo indicam que não havia incêndio a bordo. A desocupação começou por causa do incêndio externo, combatido pelos comissários com extintores mesmo depois da chegada dos socorristas.

Seis outros comissários permanecem internados e ainda não foram ouvidos.

Em uma outra entrevista coletiva, os seis comissários que não estão hospitalizados foram apresentados pela Asiana e foram tratados como heróis na Coreia do Sul, e um jornal disse que eles salvaram a imagem do país.

As investigações sobre o acidente se concentram até agora no comportamento dos pilotos. Um deles disse que, a cerca de 500 pés (152 metros) do chão, foi cegado por um clarão, segundo Hersman, que não quis especular sobre a origem essa luz. (Com Associated Press e Reuters)