Atirador de Washington estava dentro do World Trade Center em 11/9, diz padrasto a jornal
O padrasto de Aaron Alexis -- suspeito de ter matado 12 pessoas em um ataque no prédio da Marinha em Washington DC na segunda-feira (16) -- afirmou nesta quarta-feira (18) ao jornal “Daily Mail” que “Aaron tinha acabado de subir as escadarias do metrô que fica dentro do World Trade Center no dia 11 de Setembro de 2001 quando a primeira torre caiu”. Quase 3.000 pessoas morreram no ataque terrorista.
Já a mãe do atirador, Catheleen Alexis, divulgou um áudio nesta quarta-feira (18) em que pediu desculpas às famílias das vítimas
"Nosso filho, Aaron Alexis, assassinou 12 pessoas e feriu várias outras. Seus atos tiveram um profundo e permanente efeito nas famílias das vítimas. Não sei por que ele fez o que fez. E nunca poderia perguntar a ele. Aaron está agora em um lugar onde não mais poderá ferir ninguém. E estou feliz por isso. Às famílias das vítimas, sinto muito que isso tenha acontecido. Meu coração está quebrado", disse ela.
Frank Calderon, 47, que se tornou padrasto do suspeito quando ele tinha oito anos, disse que o enteado se juntou aos socorristas para tentar salvar as pessoas presas pelos destroços. “Ele ficou tão traumatizado de remover corpos do meio dos entulhos que não dormiu por três dias”, disse ao jornal.
Familiares disseram que Aaron sofria com a síndrome do stress pós-traumático – conjunto de sintomas psicologicos que afetam vítimas de grandes tragédias. Segundo investigadores ouvidos pelo “Daily Mail”, uma das linhas de investigação considera que este problema pode ter motivado o ataque.
O suspeito fazia tratamento psicológico desde agosto, financiado pela Administração dos Veteranos. Ele apresentava sintomas de paranoia e insônia, além de ouvir vozes.
“O que aconteceu em Washington não foi obra do Aaron que eu conhecia e amava”, disse Frank. “Ele era um garoto educado, e em todos os anos que estive ao seu lado nunca presenciei comportamento violento”.
De acordo com o padrasto, o em 2001 Aaron conseguiu sair do metrô a tempo de presenciar o colapso da primeira torre. “Aconteceu bem na frente dele”, afirmou.
“Minhas preces vão não para o Aaron, mas para as famílias e amigos das vítimas de Washington”, disse.
Frank informou também que não falava com o suspeito desde 2007, quando ele e a mãe de Aaron se separaram.
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