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Para Obama, base do acordo com Irã "é a verificação, não a confiança"

Joe Klamar/AP
Imagem: Joe Klamar/AP

Do UOL, em São Paulo

14/07/2015 08h23Atualizada em 14/07/2015 13h25

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na manhã desta terça-feira (14) que o acordo fechado entre Irã, EUA, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha foi resultado da possibilidade de “verificação” de que serão cumpridas as condições acertadas com o país do Oriente Médio, e “não em confiança”.

Em pronunciamento direto da Casa Branca, Obama afirmou que “os EUA e seus parceiros internacionais conseguiram alcançar algo que décadas de animosidade não conseguiram, um acordo abrangente”.

“Hoje, porque os Estados Unidos negociaram de uma posição de força e princípios, nós interrompemos a propagação de armas [nucleares] naquela região”, disse.

“Sem uma solução diplomática, qualquer presidente [dos EUA ou de outra nação] teria que decidir sobre usar a força militar para evitar que o Irã conseguisse desenvolver uma arma de poder nuclear”, disse Obama. “Este acordo vai ao encontro de cada um dos pontos limites desde quando começamos a negociar”.

O presidente deu alguns dos detalhes referentes à contrapartida iraniana no acordo:

“Todo caminho para uma arma nuclear foi cortado. O Irã removerá dois terços de suas centrífugas. O Irã vai se desfazer de 98% de seu material nuclear. (...) O Irã vai modificar seu reator para que não possa enriquecer urânio. (...) Pela primeira vez, nós estaremos em uma posição de assegurar o cumprimento desses compromissos”.

Se o Irã não agir de acordo com o combinado, todas as sanções levantadas serão novamente aplicadas ao país.

O presidente afirmou ainda que o Congresso norte-americano terá a possibilidade de revisar os termos do documento, e que “seria irresponsável se afastar deste acordo. Eu dou as boas-vindas a um debate robusto no Congresso”.

No entanto, Obama já deixou um recado: “Eu lembraria ao Congresso que não se faz acordos como este com seus amigos. Vetarei qualquer legislação que impeça a implementação deste acordo”.

“Nossas diferenças são reais, e o difícil histórico entre nossas nações não pode ser ignorado, mas as coisas podem mudar. (...) Este acordo oferece uma oportunidade de seguir em uma nova direção, nós deveríamos aproveitá-la”, afirmou. (Com agências internacionais)