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Gatilho não foi o único: EUA já tiveram 10 casos de disparos de armas por cães

O labrador que disparou a arma acidentalmente não foi fotografado - Stan Honda/AFP
O labrador que disparou a arma acidentalmente não foi fotografado Imagem: Stan Honda/AFP

Do UOL, em São Paulo

28/10/2015 18h38

No fim de semana, o disparo acidental efetuado por um labrador chamado Gatilho contra a sua dona durante uma viagem para caçar chamou a atenção da imprensa internacional. O caso não é o primeiro nos Estados Unidos --na verdade, segundo dados do jornal americano "The Washington Post", é o 10º registrado desde 2004. E a maior parte dos acidentes com cães e armas acontece na Flórida.

Gatilho disparou sem querer a arma de Allie Carter, 25, durante a caça de uma ave aquática no norte do Estado de Indiana. O labrador acabou pisando em uma espingarda calibre 12 que estava no chão, acertando o pé de sua dona que ficou levemente ferida.

A grande parte dos acidentes com cães e armas acontecem durante contratempos em caçadas. E as histórias são sempre semelhantes, consequência da falta de atenção dos donos com as armas. Em 2013, um caçador de Minnesota foi atingido na perna quando seu cão pulou em seu barco e a arma disparou. Em 2011, um caçador de Utah foi ferido nas nádegas exatamente da mesma forma: quando seu cachorro pulou em seu barco. Semanas depois, um buldogue chamado Eli fez com que o rifle que estava no carro de seu dono disparasse na perna do homem enquanto ele dirigia para um campo de caça.

Sozinha, a Flórida registra ao menos três casos: um cão que chutou uma arma carregada, acertando o seu dono; outro cachorro que pulou em uma cama, esbarrou em uma arma, que acabou sendo disparada contra a mão do dono; o filhote que estava nos braços de um homem, que se preparava para abrir fogo contra quatro cãezinhos que não encontravam um lar, encostou a patinha acidentalmente no gatilho da arma, acionando-a e acertando-o no pulso (três filhotes já haviam sido mortos a tiros por ele).

Existe um caso em que o cachorro matou o seu dono com um tiro acidental. No Texas, em 2008, um caçador foi atingido na coxa quando seu cão pulou na carroceria do caminhão. Ele morreu após perder muito sangue.

O jornal lembra que este número pode ser muito maior, já que a estatística corresponde apenas aos casos em que a vítima buscou ajuda médica. Além disso, é errado dizer que um cachorro "atirou em alguém", já que os animais não pegam em armas com a intenção de atirar em alguém, mas eles podem acionar o gatilho acidentalmente.

O único caso que envolve um gato e foi registrado por autoridades aconteceu em 2005, quando um homem foi atingido na cozinha depois que seu gato acidentalmente derrubou uma arma no chão, disparando-a.