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"Mulheres nojentas" planejam marcha para a posse de Donald Trump em Washington

Grupo de mulheres manifestantes na cidade de Oakland, Califórnia, em ato contra Trump - Stephen Lam/Reuters
Grupo de mulheres manifestantes na cidade de Oakland, Califórnia, em ato contra Trump Imagem: Stephen Lam/Reuters

Do UOL, em São Paulo

11/11/2016 17h14

Um grupo secreto de "mulheres nojentas" --"nasty women", em referência às ofensas do então candidato republicano Donald Trump a Hillary Clinton nos debates presidenciais-- está se mobilizando no Facebook para organizar uma série marchas e protestos após a posse do novo presidente dos EUA.

Um desses eventos já está sendo organizado e deve ocorrer no dia 21 de janeiro --a posse será no dia 20, seguindo a Constituição americana. No grupo secreto, que já tem mais de 46 mil participantes, elas buscam voluntárias para planejar outras marchas por todo o país.

"Precisamos de uma marcha de mulheres em Washington para lembrar o nosso presidente eleito e os políticos da Câmara e do Senado de que o feminismo está vivo e está bem, que as mulheres estão acompanhando e prontas para trabalhar para candidatos progressistas a médio prazo. Os direitos das mulheres são direitos humanos", disse Mary Ellen Bernard, uma das organizadoras do grupo secreto em postagem no Facebook.

"Senti, no dia depois da eleição, que em vez de chorar nos ombros umas das outras e liberar nossas frustrações no Facebook, as mulheres deveriam mostrar sua força, inteligência e vigor ao país --e para esta nova administração e o Congresso-- marchando em Washington. Que devemos ser visíveis porque o nosso trabalho e nosso talento foram invisíveis por muito tempo. Então, olhem para nós, homens da Câmara, homens do Senado, porque estamos de olho em vocês", afirma Bernard.

Após a segunda noite de protestos desde a vitória de Trump, o presidente eleito disse em seu Twitter responsabilizou a imprensa por incitar a série de atos contra a eleição --praticamente toda a imprensa americana endossou Hillary durante a campanha.

"Eu acabei de vencer uma eleição presidencial aberta e de sucesso. Agora chegam estes manifestantes profissionais, incitados pela mídia, para protestar. É muito injusto", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Trump foi eleito o 45º presidente dos EUA ao conseguir mais votos no colégio eleitoral do que Hillary, que, no entanto, foi mais apoiada nas urnas. A democrata conquistou 47,7% dos votos nas urnas, mas apenas 232 no colégio eleitoral. Já Trump teve 47,5% dos votos, com 306 do colégio eleitoral. (Com agências internacionais)