Memória das vítimas da Segunda Guerra evita que tragédias se repitam
Maio de 2015 será marcado pelo 70º aniversário do fim da Segunda Guerra mundial uma data especial para todos os países civilizados que comemoram a vitória da coalizão anti-hitleriana contra o nazismo e o fim do maior conflito bélico do século 20.
Foi aprovada recentemente pelo Parlamento ucraniano a lei que marca o dia 8 de maio como o Dia da Memória e Reconciliação. A Ucrânia deu um passo decisivo para juntar-se a todo o mundo democrático que a cada ano lembra nesse dia dos milhões de vítimas do conflito mais cruel e sangrento do século passado.
A contribuição do povo ucraniano na vitória sobre o nazismo foi significativa. De 1939 até 1945, a Ucrânia perdeu quase 10 milhões de seus cidadãos nas frentes de combate, nos campos de concentração e nas cidades e aldeias ocupadas, o que resultou em mais de 40% das perdas humanas de toda a União Soviética.
Milhões de jovens ucranianos foram levados para trabalhos forçados na Alemanha, muitos dos quais faleceram lá. A guerra com todos seus horrores, crueldades e sofrimentos destruiu por completo 714 cidades e aldeias ucranianas, ou seja, 42% de todas as cidades soviéticas afetadas pela guerra.
É por isso que na Ucrânia se recorda, em cada casa que tenha perdido um ente querido naquela guerra, a memória dos que se foram e honram seus antepassados que heroicamente sacrificaram suas vidas na luta contra o nazismo.
A Ucrânia sobreviveu aquele período terrível de guerra, e mais uma vez demonstrou a sua grandeza de nação lutadora e invencível pela sua liberdade, patriotismo e amor insuperável pela sua independência, a qual foi realizada definitivamente no ano de 1991.
A postura da Ucrânia está bem clara: a Rússia, que foi uma das nações que lutou pela causa justa naquela guerra, mas hoje infringe deliberadamente a Carta das Nações Unidas e as premissas do direito internacional, não tem o direito moral de apresentar-se como único vencedor nas comemorações da vitória sobre o nazismo,que foi conquistada também por outros países do mundo.
A Ucrânia colaborou significativamente e pagou um alto preço para conquista da paz na Europa. O aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial é também para os ucranianos um dia de memória e de reflexão.
Para o mundo, a memória dos milhões de vítimas daquela guerra deve servir de exemplo para evitar qualquer repetição ou reprodução em qualquer forma de uma tragédia de dimensões incalculáveis que o povo ucraniano já teve que superar.
As novas leis da memória histórica nacional aprovadas pelo Parlamento ucraniano no abril passado condenam veementemente a política do terror e qualquer manifestação do fascismo ou comunismo, tanto em nosso país como em qualquer outro país do mundo.
A Ucrânia, como sempre, é fiel ao respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais das pessoas, condenando os crimes cometidos por regimes totalitários e seus aliados, e coloca essa causa justa em agenda internacional como condição básica para garantir a segurança global.
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