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Cachoeira envia passaporte para a Justiça Federal e visita túmulo da mãe em Anápolis (GO)

Carlinhos Cachoeira visita o túmulo da mãe em Anápolis (GO), nesta sexta-feira (23) - Andre Borges/Folhapress
Carlinhos Cachoeira visita o túmulo da mãe em Anápolis (GO), nesta sexta-feira (23) Imagem: Andre Borges/Folhapress

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

23/11/2012 20h24

Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, enviou seu passaporte por volta das 17h15 desta sexta-feira (23) para a 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás. O documento foi entregue por um profissional da equipe do escritório Bulhões & Bulhões Advocacia, responsável pela defesa do contraventor.

O recolhimento do passaporte foi pedido pela Justiça Federal, na quarta-feira (21), após denúncia protocolada pelo MPF-GO (Ministério Público Federal em Goiás). O juiz Alderico Rocha Santos atendeu à solicitação que impede que Cachoeira saia do país e de Goiânia sem autorização judicial.

Desde que saiu da prisão, na madrugada de quarta, Cachoeira voltou para Goiânia com a mulher Andressa Mendonça. Eles estão morando no condomínio Alphaville Cruzeiro do Sul, na região sul. Na quinta-feira (22), o casal fez o primeiro passeio pelas ruas da cidade. Eles foram a um salão de beleza, onde Cachoeira cortou e escureceu os cabelos e depois a um shopping center.

Na tarde de hoje, ele recebeu autorização da Justiça para ir a Anápolis, cidade a 55 km de Goiânia, visitar o túmulo da mãe Maria José de Almeida. Ela morreu em abril aos 79 anos enquanto Cachoeira estava preso. Acompanhado da mulher Andressa, também visitou o pai Sebastião de Almeida Ramos, 88, que mora em Anápolis.

  • Reprodução/Instagram

    Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, postou foto com o bicheiro no Instagram nesta semana

Denúncias

Após ser beneficiado por um alvará de soltura expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Cachoeira foi alvo de novas denúncias na quarta-feira. O MPF-GO pediu novamente a prisão do contraventor por depósito e exploração comercial de máquinas caça-níquel contrabandeadas de países como China, Taiwan, Malásia, Filipinas, Costa Rica e Coreia.

A Justiça Federal julgará a denúncia que envolve outras 16 pessoas no esquema e é resultado de investigações que resultaram na apreensão de 345 equipamentos (202 em Valparaíso, 101 em Brasília e 42 em Goiânia). As primeiras apreensões foram realizadas nos dias 29 e 30 de julho de 2011. No dia em que foi deflagrada a operação Monte Carlo, em fevereiro deste ano, aconteceram mais cinco apreensões. Outras duas foram feitas no dia 31 de março.

Esta é a segunda denúncia feita pelo MPF-GO e as 17 pessoas denunciadas agora também foram citadas na primeira, apresentada em março deste ano. Na primeira denúncia foram acusadas, no total, 80 pessoas (incluindo policiais militares, civis e federais) por formação de quadrilha armada, corrupção, peculato e violação de sigilo por parte de servidores públicos.