Waldez Góes assume Amapá e quer decretar estado de emergência na saúde
O novo governador do Amapá, Waldez Góes, tomou posse pela terceira vez no cargo, em pouco mais de uma década. No discurso, na Assembleia Legislativa, ele criticou o antecessor Camilo Capiberibe, do PSB, e disse que eventuais irregularidades cometidas na gestão passada serão combatidas e os responsáveis responderão por seus atos. Góes disse ter recebido o governo com uma dívida de cerca de R$ 6 bilhões.
Em razão do fuso horário, a posse ocorreu no início da noite de ontem (1º) – horário de Brasília –, na Assembleia Legislativa e a transmissão do cargo duas horas depois no Palácio do Setentrião, sede do governo, em Macapá.
Waldez Góes já ocupou o governo nos anos de 2003 e 2007. Em 2014, venceu a eleição no Amapá, no segundo turno, com 60,68% dos votos válidos derrotando Capiberibe, que concorria à reeleição. O ex-governador obteve 39,42% dos votos válidos. No primeiro turno, Góes também foi o mais votado, com 42,18% dos votos válidos.
Prometendo cortar gastos para sanear o Executivo estadual, o novo governador listou uma série de tópicos considerados negativos na administração anterior, como a ausência de um planejamento adequado, que acabaram por levar ao "descontrole completo da execução do orçamento público".
Se dizendo ciente da grave situação administrativa do Amapá, Waldez Góes anunciou como primeiro ato decretar estado de emergência na saúde para, dessa forma, garantir o fornecimento de medicamentos para a população.
Ele prometeu a compra imediata de armas, munições, coletes à prova de balas e novas viaturas para a polícias Militar e Civil. Góes quer criar um grupo de trabalho nos primeiros três meses de governo para implementar uma reforma tributária no estado. Ele anunciou, ainda, a criação de uma agência de desenvolvimento econômico para o Amapá.
Saudado com fogos de artifício e balões na porta do Palácio Setentrião, Waldez Góes recebeu a faixa de governador de uma criança autista.
Paraense, nascido na cidade de Gurupá, o técnico agrícola Waldez Góes tem 53 anos de idade. No final do segundo mandato, renunciou ao cargo para concorrer ao Senado, mas não se elegeu. Antes de governar o Amapá, ele foi deputado estadual de 1995 a 1999.
Em 10 de setembro de 2010, quando estava em campanha para o Senado, Waldez Góes foi preso pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de integrar um esquema que desviava recursos públicos da educação do estado e da União, estimados em R$ 300 milhões. Levado para a carceragem da PF, em Brasília, foi solto dez dias depois. O caso ainda não foi julgado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.