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Governo do DF faz novo corte e acaba com sete secretarias

Rodrigo Rollemberg, governador do DF, do lado direito de Dilma: corte de pastas se repete no governo local - Roberto Stuckert Filho - 30.set.2015/PR
Rodrigo Rollemberg, governador do DF, do lado direito de Dilma: corte de pastas se repete no governo local Imagem: Roberto Stuckert Filho - 30.set.2015/PR

Edgard Matsuki

Colaboração para o UOL, em Brasília

13/10/2015 16h37

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), oficializou, nesta terça-feira (13), a extinção de mais sete secretarias de governo. Com isso, a nova estrutura terá 17 secretarias. Esse é o segundo corte administrativo em menos de um ano. Em janeiro, o Executivo já havia reduzido o número de 38 para 24 pastas. A nova estrutura vai começar a valer a partir da próxima terça-feira (20).

As mudanças serão as seguintes:

  • Casa Civil e Secretaria de Relações Institucionais e Sociais vão virar Casa Civil, Relações Institucionais e Sociais
  • Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável e Secretaria de Turismo vão virar Secretaria de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo
  • Secretaria de Educação e Secretaria do Esporte e Lazer vão virar Secretaria de Educação e Esporte
  • Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão  e Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização vão virar Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão
  • Secretaria do Trabalho e do Empreendedorismo e Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social vão virar Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos
  • Secretaria de Ciência e Tecnologia vai virar uma coordenação de Ciência e Tecnologia.

Inicialmente, estava prevista também a extinção da Secretaria de Agricultura. De acordo com Rollemberg, ele foi “convencido” da importância da pasta ser mantida após debate com produtores locais. “Eles me convenceram da necessidade de se manter a pasta dadas as peculiaridades do DF”, disse.

Sem previsão de valores economizados

Ainda não há previsão de quanto o governo do Distrito Federal vai economizar com a medida. “Só vamos saber a economia com o passar dos meses. Mas de cara já sabemos que vai reduzir pessoal e serão otimizados os espaços das estruturas”, apontou Rollemberg.

O governador reafirmou que pretende cortar os gastos com servidores de R$ 40 milhões para R$ 32 milhões: “O nosso objetivo é cortar 20% dos gastos com comissionados. Talvez não façamos agora, mas estamos a caminho”.

Desde que assumiu o governo do DF, Rollemberg tem tentado tomar medidas para cobrir um rombo de cerca de R$ 5,25 bilhões. Rollemberg já havia anunciado a redução no subsídio dos preços das passagens de ônibus, metrô, restaurante comunitário e zoológico.

Isso fez com que os preços das passagens do transporte público aumentassem de R$ 1,50 para R$ 2,25, de R$ 2 para R$ 3, de R$ 2,50 para R$ 3, e de R$ 3 para R$ 4; do restaurante comunitário de R$ 1 para R$ 3; e da entrada do Zoológico de R$ 2 para R$ 10.

O Executivo também prevê a concessão de espaços públicos para a iniciativa privada a fim de desonerar custos do governo. Entre os espaços que podem ser cedidos temporariamente estão o Zoológico, a Torre de TV, centros culturais, entre outros locais.

A política de cortes fez com que diversas categorias entrassem em greve neste ano. De janeiro a outubro, professores, médicos, vigilantes e terceirizados (incluindo trabalhadores do transporte público e de empresas de limpeza) já fizeram paralisações para exigir melhores salários.