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Sindicância vai apurar vazamento sobre contas de Lula e Palocci na CPI

Deputado Marcos Rotta (PMDB - AM), presidente da CPI do BNDES - Gabriela Korossy -27.mai.2015 / Câmara dos Deputados
Deputado Marcos Rotta (PMDB - AM), presidente da CPI do BNDES Imagem: Gabriela Korossy -27.mai.2015 / Câmara dos Deputados

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

05/11/2015 10h22Atualizada em 05/11/2015 10h46

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), pediu nesta quinta-feira (5) a abertura de uma sindicância junto à Corregedoria da Câmara para apurar o vazamento de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), encaminhado à comissão, sobre a movimentação de recursos de contas bancárias ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministros Antônio Palocci e Erenice Guerra.

Na semana passada, a revista “Época” publicou informações sobre um relatório do órgão que indica que empresas de Lula, Palocci e Erenice movimentaram R$ 294 milhões desde 2008

Marcos Rotta disse esperar que o vazamento não tenha ocorrido dentro da CPI. “Essa atitude será pedagógica para que não tenhamos [de novo] o mesmo dissabor com relação a vazamentos. Torço para que esse vazamento tenha ocorrido fora do âmbito dessa CPI”, afirmou.

A abertura de uma sindicância para apurar o vazamento foi alvo de protesto por parte dos membros da CPI. O deputado Caio Nárcio (PSDB-MG) disse que a sindicância é uma tentativa de intimidar os parlamentares que participam da comissão. “Vejo com muita preocupação a instalação da sindicância. Dessa maneira, quem vai ser investigado é quem está investigando. É tirar o foco”, disse.

Rotta respondeu ao parlamentar e disse que a sindicância não tem a intenção de intimidar. “Se um parlamentar assina um termo de responsabilidade e diz que manterá o sigilo da documentação, não resta a outra alternativa a não ser tomar as medidas legais”, disse Rotta.

Ainda nesta quinta-feira, a CPI aprovou seis requerimentos para que a comissão tenha acesso a informações sobre os contratos entre o governo do Estado e empresas envolvidas nas obras do sistema de metrô e trens de São Paulo. As obras estão sob investigação desde que foi detectado um esquema de pagamento de propinas e formação de cartel nas licitações conduzidas pelo governo do Estado de São Paulo. Os requerimentos foram aprovados pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP).