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Rosso pode não votar na comissão do impeachment

Deputado Rogério Rosso -  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Deputado Rogério Rosso Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Fabiana Maranhão

Do UOL, em Brasília

11/04/2016 06h00

O presidente da comissão especial do impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF), pode optar por se abster durante a votação do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), que será realizada nesta segunda-feira (11). O comitê analisa o pedido de abertura de processo de afastamento de Dilma Rousseff.

O voto é facultativo para o presidente do comitê. Segundo interlocutores, ele demostrou que não deve votar se não for preciso. Publicamente, o ex-governador do Distrito Federal não informou qual será seu posicionamento na hora da votação.

Ocupando um ministério, o das Cidades, e com a promessa de ganhar mais um se o o impeachment for barrado, o PSD está dividido em relação ao apoio ao impedimento da presidente. Quase metade de sua bancada na Câmara (33 deputados) é abertamente a favor do afastamento de Dilma, segundo placar atualizado diariamente pelo “Estadão”.

Na semana passada, Jovair Arantes apresentou relatório favorável ao impeachment da presidente. Segundo ele, há indícios de que Dilma cometeu crime de responsabilidade. Ela é acusada de publicar decretos de crédito suplementar sem a autorização do Congresso e de atrasar repasses para os bancos públicos, o que ficou conhecido como pedaladas fiscais. 

Votação na comissão

A sessão da comissão especial do impeachment da Câmara está prevista para começar às 10h. Rosso vai abrir os trabalhos e depois passar a palavra para o relator.

O ministro-chefe da AGU (Advocacia Geral da União), José Eduardo Cardozo, terá espaço para defender mais uma vez a presidente. Na segunda-feira passada (4), ele apresentou a defesa de Dilma e solicitou "a anulação do processo e que sejam rejeitadas as denúncias por não existirem crimes de responsabilidade". 

Em seguida, será a vez dos líderes dos partidos se pronunciarem sobre o impeachment.

A votação será realizada logo depois, ainda sem horário e formato definidos. Ela poderá ser eletrônica, quando os membros da comissão votam ao mesmo tempo, e o resultado é divulgado no telão; ou nominal, quando o presidente chama o nome de cada deputado, que fala no microfone se é a favor ou contra.

A serenidade de Rosso

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