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Sai Dilma, entra Temer: o que mudou no desfile do 7 de Setembro

Do UOL, em São Paulo

07/09/2016 12h47

Michel Temer participou nesta quarta-feira de seu primeiro desfile do 7 de Setembro como presidente efetivo, após o impeachment de Dilma Rousseff na semana passada. O evento com Temer na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, registrou diferenças em relação ao com Dilma e com outros presidentes em anos anteriores.

Carro fechado

Dilma Rousseff no desfile do 7 de Setembro de 2015 e Michel Temer no Desfile do 7 de Setembro de 2016 - Alan Marques/ Folhapress e Mateus Bonomi/Futura Press/Estadão Conteúdo - Alan Marques/ Folhapress e Mateus Bonomi/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Alan Marques/ Folhapress e Mateus Bonomi/Futura Press/Estadão Conteúdo

Temer, também por decisão pessoal, chegou à Esplanada em um Chevrolet Omega oficial, fechado, quebrando a tradição de desfilar no Rolls Royce conversível da Presidência. Além de Dilma, esse era um padrão também cumprido por Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, que também utilizavam a faixa presidencial ao chegar para o desfile.

Sem faixa

Dilma Rousseff com a faixa presidencial no desfile do 7 de Setembro de 2015 e Michel Temer, sem a faixa, no Desfile do 7 de Setembro de 2016 - Pedro Ladeira/Folhapress e André Dusek/Estadão Conteúdo - Pedro Ladeira/Folhapress e André Dusek/Estadão Conteúdo
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress e André Dusek/Estadão Conteúdo

Diferentemente de Dilma, Temer não usou a faixa presidencial no desfile. Segundo informou o Planalto, essa foi uma decisão pessoal do presidente.

Protestos, de novo

Nesta quarta, parte do público presente entoou gritos de "fora, Temer" e chamou o presidente de "golpista". Outros aplaudiram a chegada do presidente, enquanto o coro "a nossa bandeira jamais será vermelha", aparente crítica ao PT, também foi ouvido.

Manifestantes gritam "fora, Temer" no desfile

UOL Notícias

No ano passado, Dilma já era alvo de manifestantes que pediam o impeachment, e cerca de mil pessoas foram à Esplanada dos Ministérios protestar contra a ex-presidente. Alguns apoiadores da petista, em menor número, também compareceram.

Em 2015, manifestantes levaram boneco de Dilma no 7 de Setembro

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Companhias diferentes                                                                                                                                                               

7.set.2016 - O presidente Michel Temer assiste ao desfile dos 194 anos da independência do Brasil na tribuna de honra, em Brasília, na companhia de políticos e autoridades. Estão na primeira fila da tribuna, ao lado de Temer, a primeira-dama Marcela Temer, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro da Justiça, Alexandre Moraes - Ricardo Borges/Folhapress - Ricardo Borges/Folhapress
Imagem: Ricardo Borges/Folhapress

Neste ano, Temer teve a seu lado o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), representando os Poderes Judiciário e Legislativo. Também marcaram presença o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), e ministros como Raul Jungmann (Defesa), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Alexandre Moraes (Justiça).

7.set.2015 - Desfile cívico-militar do dia da Independência realizado na Esplanada dos Minsitérios. Dilma assiste o desfile ao lado do vice-presidente Michel Temer, dos ministros Aloizio Mercadante, Jaques Wagner, José Eduardo Cardozo e o governador do DF, Rodrigo Rollemberg - Alan Marques/ Folhapress - Alan Marques/ Folhapress
Imagem: Alan Marques/ Folhapress

Em 2015, Dilma esteve em companhia de Temer, então vice-presidente, e de Rollemberg, com seus ministros Jaques Wagner (Defesa), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Na época, ela tinha Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, como um de seus principais desafetos políticos --meses depois, ele aceitaria o pedido de impeachment que deu início à deposição da petista.