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Temer cita sua própria aposentadoria para defender reforma da Previdência

O presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha se aposentaram na faixa dos 50 anos - Pedro Ladeira - 5.out.2016/Folhapress
O presidente Michel Temer e o ministro Eliseu Padilha se aposentaram na faixa dos 50 anos Imagem: Pedro Ladeira - 5.out.2016/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

13/10/2016 22h48

O presidente Michel Temer, 76, citou sua própria aposentadoria precoce, obtida aos 55 anos de idade como procurador do Estado de São Paulo, para defender a reforma da Previdência. "A minha aposentadoria é uma revelação", disse Temer a jornalista Miriam Leitão, do canal Globonews, em entrevista veiculada na noite desta quinta-feira (13).

“Passados 20 anos e estamos aqui conversando e acho que ainda estou bem, né? Pelo menos consigo trabalhar. A minha aposentadoria é uma revelação. Naquele tempo não se pensava nisso”, afirmou o presidente, quando foi questionado como esperava convencer a população sobre a necessidade de mudança nas regras previdências. Ele e ministros de seu governo -- Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha -- se aposentaram na faixa dos 50 anos de idade.

"Evidentemente que há 20 anos atrás [sic] o deficit da Previdência não era do tamanho que é hoje", acrescentou Temer.

Ainda sobre o assunto, Temer afirmou que a proposta a ser encaminhada ao Congresso Nacional está sendo finalizada "Nós queremos uniformizar, o tanto quanto possível, as categorias [privada e pública], naturalmente. Tenho absoluta convicção de que se isto acontecer, a classe política vai colaborar, não tenho dúvida disso.”

PEC do teto

O presidente da República, Michel Temer, disse ainda que o novo regime fiscal aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados na última segunda-feira (10) pode ser revisto por meio de emenda à constituição em quatro, cinco ou seis anos.

A Proposta de Emenda à Constituição 241, conhecida como PEC do Teto, limita o aumento dos gastos do governo à inflação dos 12 meses anteriores por 20 anos.

Sobre o processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a respeito das contas de campanhas da chapa Dilma-Temer o presidente afirmou que aceitará uma eventual decisão em "definitivo" que resulte em sua cassação. "Mais do que ninguém, eu prego a reconstitucionalização do país.