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A auxiliar de Teori, Marcelo Odebrecht confirma termos de delação premiada

Marcelo Odebrecht chega à sede da Justiça Federal em Curitiba - Geraldo Bunniak/AGB/Estadão Conteúdo
Marcelo Odebrecht chega à sede da Justiça Federal em Curitiba Imagem: Geraldo Bunniak/AGB/Estadão Conteúdo

Vinicius Konchinski

Do UOL, em Curitiba

27/01/2017 08h29Atualizada em 27/01/2017 12h45

Ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht foi ouvido na manhã desta sexta-feira (27) em uma audiência sigilosa com integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal). O encontro faz parte do processo de homologação de seu acordo de delação premiada. Ele ratificou o depoimento dado a procuradores da operação e confirmou os termos do acordo.

O executivo deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e seguiu para a sede da Justiça Federal na capital paranaense, onde chegou por volta das 8h30. A audiência durou cerca de 1h30, bem mais que os 20 minutos inicialmente previstos. Por volta do meio-dia, ele voltou à carceragem.

O juiz Márcio Schiefler Flores, auxiliar do ex-ministro Teori Zavascki, morto na queda de um avião na semana passada, foi quem comandou a audiência.

Com a confirmação da delação, as informações colhidas de Marcelo Odebrecht poderão ser usadas legalmente pelos investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em novos inquéritos e naqueles que já estão em andamento.

A delação de Marcelo Odebrecht é a mais esperada da Lava Jato. Estima-se que o executivo da maior empreiteira do país cite mais de uma centena de políticos e confesse crimes cometidos para realização de projetos em vários Estados do país.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, determinou na última segunda-feira (23) que os três juízes assistentes de Teori realizassem as audiências para ratificação das delações premiadas de 77 executivos ligados a Odebrecht na Operação Lava Jato.

Esse trabalho havia sido anteriormente suspenso por causa da morte de Teori.