Com 5% de aprovação do governo, Moreira diz que Temer terá legado como homem de "obra coletiva"
O ministro da Secretaria-Geral da República, Moreira Franco (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (27) que o legado do presidente da República, Michel Temer (PMDB), será de um homem focado na “obra coletiva” da sociedade e do país.
“O seu legado não será apenas este [de reformas e colocar ordem na economia]. [...] Não celebramos com a importância e o entusiasmo que deveríamos, mas celebramos. E seu legado será basicamente, por essa razão, no homem que pensa na obra coletiva”, declarou o ministro durante evento com Temer para assinatura dos contratos de concessão para os aeroportos de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre.
Na avaliação do ministro, o que diferencia Michel Temer de outros presidentes brasileiros é que ele não tem ambições eleitorais e quer “pavimentar o terreno” para os futuros governantes.
“Diferentemente da maioria dos outros presidentes, o senhor não tem ambições eleitorais, mas quer que o futuro seja livre dos males recentes que nos acometem. Quer mudar, reformar, construir uma sociedade nova e diferente”, ponderou.
Durante o discurso, Moreira Franco chamou o dia de “boas novas” e falou da necessidade de se festejar as conquistas do governo, embora esteja enfrentando dificuldades para colocar o Brasil “nos trilhos” do ponto de vista econômico e reorganizar a máquina administrativa.
“Me perguntei se devemos insistir na celebração das nossas conquistas. Acho que aqui é um dia de celebração, nós temos a obrigação. O presidente não quer a cultura da celebração, o que é muito ruim e faz com que tenhamos poucas deferências realmente animadas pela sociedade daqueles que deram contribuições”, afirmou. “O brasileiro não tem a cultura da celebração.”
Pouco antes, foi divulgada a pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que mostra mostra que 70% dos brasileiros consideram o governo do presidente Michel Temer ruim ou péssimo.
“Vocês sabem todos, os senhores e as senhoras, que coragem, ousadia e fé não nos faltam. Nem a mim nem à equipe que nós conduzimos. E é interessante, de vez em quando penso que especialmente nesses últimos 60 dias, como o Brasil cresceu, como se produziu nesse período, que coisa incrível”, afirmou Temer.
Ele então ressaltou as Medidas Provisórias e as reformas aprovadas pelo Congresso Nacional, como a do Ensino Médio, do teto dos gastos públicos e do trabalho. Segundo o presidente, a cerimônia na qual deu a declaração, de assinatura de concessão de aeroportos, revela que o governo está colocando o Brasil no século 21.
Para Temer, “todos” agora querem investir no país e isso é fruto de responsabilidade na gestão pública. Na sua avaliação, regras foram descomplicadas e a confiança foi restaurada.
“O que tenho ouvido, em resumo, é uma mensagem de fundado otimismo. Por isso que digo agora, não é por acaso que o Brasil está virando a página da crise. Estamos fazendo um dever de casa, convenhamos, atrasado há muito tempo”, ressaltou.
Ao elogiar os ministros presentes e a plateia aplaudi-los, o presidente falou que iria “trazer um puxador de palmas, porque se alguém bate palma, todos batem”. No entanto, considerou, todas as palmas naquele momento “vieram do coração, do reconhecimento”.
Divulgada nesta quinta-feira, a pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que 5% avalia o governo como ótimo ou bom. O percentual de brasileiros que consideram o governo do presidente Michel Temer (PMDB) ruim ou péssimo é de 70%, O índice faz Temer empatar com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao alcançar o maior índice de reprovação a um governo na série histórica da pesquisa CNI/Ibope, iniciada no governo de José Sarney (PMDB), em março de 1986.
Esta foi a primeira pesquisa CNI/Ibope realizada após Temer ser denunciado por corrupção pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
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