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Defesa pede que STF adie julgamento de denúncia contra Aécio

Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves - Pedro Silveira/Folhapress
Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves Imagem: Pedro Silveira/Folhapress

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

11/04/2018 12h44

A defesa de Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pediu nesta quarta-feira (11) que a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) adie o julgamento do recebimento da denúncia por corrupção contra o senador. 

O julgamento está marcado para a próxima terça-feira (17). O advogado de Andréa, Marcelo Leonardo, pede que ele seja realizado no dia 24, com o argumento de que no dia 17 já estava marcado o julgamento de processo contra outra cliente dele no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, relator do processo, ainda não se manifestou sobre o pedido de adiamento.

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A 1ª Turma do STF vai decidir se recebe a denúncia contra Aécio, Andréa e outros dois acusados. Se a denúncia for recebida, é então aberto um processo penal e o senador se torna réu, assim como os outros acusados. Apenas ao final do processo será decidido se ele é culpado ou inocente. 

Entre as acusações que pesam sobre Aécio, está a gravação na qual o tucano pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, controladora da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empresário sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.

Também são acusados de corrupção passiva nesse inquérito a irmã do senador, Andréa Neves, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG).

A defesa do senador afirma que não houve crime, pois foi feito um pedido de empréstimo pessoal ao empresário.

"As provas revelam que o empréstimo pessoal feito ao senador não envolvia dinheiro público ou, como reconheceu a própria PGR, qualquer contrapartida. Assim, inexiste crime ou ilegalidade na conduta do senador Aécio", afirma o advogado Alberto Zacharias Toron.