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EUA ordenam a redes de restaurantes que informem calorias nos cardápios

Americanos fazem fila diante de lanchonete especializada em fast food em Nova York, nos EUA. A obesidade é uma das maiores preocupações da saúde pública americana - Finbarr O"Reilly/Reuters
Americanos fazem fila diante de lanchonete especializada em fast food em Nova York, nos EUA. A obesidade é uma das maiores preocupações da saúde pública americana Imagem: Finbarr O'Reilly/Reuters

25/11/2014 17h38

A agência americana que regula alimentos e medicamentos (FDA) concluiu nesta terça-feira (25) a elaboração de uma nova regulamentação para obrigar as redes de restaurantes e pizzarias a indicar o número de calorias em seus cardápios.

Espera-se que as novas medidas tenham um impacto importante na saúde pública para combater o problema crescente da obesidade no país, avaliaram autoridades federais e grupos de defesa do consumidor.

"Os americanos consomem cerca de um terço das calorias fora de casa e querem ter informação clara sobre os produtos que consomem", disse a chefe da FDA (em inglês), Margaret Hamburg, em coletiva de imprensa.

"Indicar a informação referente ao número de calorias nos cardápios de redes de restaurantes e de alimentos e bebidas vendidas (...) representa um passo importante para a saúde pública, que poderá ajudar os consumidores a tomar decisões com conhecimento de causa, para si e para sua família", indicou a encarregada.

Além disso, os estabelecimentos deverão indicar, a pedido dos consumidores, o conteúdo dos pratos com gorduras saturadas, gorduras trans, colesterol, sódio, carboidratos, fibras, açúcar e proteínas.

A FDA levou três anos para concluir estas novas regras federais no âmbito da lei Affordable Care Act, promovida por Obama e adotada em 2010.

A regulamentação, que entrará em vigor em um ano, será aplicada às redes de restaurantes e empresas de distribuição de petiscos e bebidas com pelo menos 20 pontos de venda.

A norma inclui, ainda, as pipocas e outros produtos alimentício vendidos nas redes de cinema e parques de diversão.

Mais de um terço dos americanos adultos (78,6 milhões de pessoas) são obesos, segundo cifras recentes citadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

Este organismo sustenta que o custo para tratar a obesidade no país em 2008 foi de US$ 147 bilhões.