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Microcefalia recua, mas alta nas infecções pelo Aedes preocupa Pernambuco

Camilla Costa

10/02/2016 14h09

Uma nova epidemia do vírus da zika, chikungunya e dengue causa preocupação em médicos em Pernambuco, Estado que lida com o mais alto número de casos suspeitos e confirmados de microcefalia no país.

As ocorrências recentes da má-formação em bebês têm sido associadas ao zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Mas, desde o início de janeiro, o número de novos casos registrados em todo o Brasil - que chegou a crescer mais de 40% por semana em dezembro - começou a cair.

No entanto, para médicos que tentam comprovar a ligação entre microcefalia e zika, o alto número de casos registrados nos últimos meses de 2015 também se deve ao fato de que esses bebês foram concebidos nos primeiros meses do ano, quando o mosquito está mais ativo.

"O que vimos até agora é um reflexo de nove meses atrás, quando havia um surto de dengue, zika e chikungunya. Precisamos tomar pé da situação para que o mesmo não ocorra daqui a nove meses", diz a infectologista Regina Coeli, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, principal referência para o atendimento da microcefalia no Estado.