Topo

Inca questiona levantamento do TCU sobre mamógrafos

26/02/2010 11h20

São Paulo - O Instituto Nacional do Câncer (Inca) reconheceu ontem que alguns estabelecimentos do País podem ter baixa produtividade de seus mamógrafos por causa de características individuais, mas questionou a suposta ociosidade apontada no relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo o qual 40% dos 1.686 mamógrafos em uso registrados no Brasil não teriam produção alguma.

No entanto, o Inca - órgão que dita as políticas de câncer no País - explicou que parte dos aparelhos pode estar operando fora do sistema de faturamento federal, utilizado pelo TCU para aferir se as máquinas estariam trabalhando. Nesses casos, os mamógrafos poderiam estar produzindo e Estados e municípios, remunerando o trabalho sem que o tribunal pudesse medir a sua realização. Os questionamentos do instituto foram acolhidos pelo tribunal no relatório que foi divulgado ontem.

"O fato de os mamógrafos existirem, mas não aparecerem no sistema de faturamento do TCU, não significa que estejam ociosos", afirmou o técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do Inca, Ronaldo Corrêa. O especialista enfatizou ainda que o parâmetro de 25 exames por dia para a produção, que é do Inca e foi adotado pelo TCU no trabalho, não é meta obrigatória, "mas o razoável". "O fato de produzir pouco pode ter várias explicações. Cada caso teria de ser avaliado individualmente."

O Ministério da Saúde reservou R$ 12 milhões até 2011 para melhorar a cobertura do exame, destacou. Procurada, a pasta não se manifestou ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE