Topo

Pacientes se assustam com visita de médico estrangeiro em casa

Marcelo Portela

Em Belo Horizonte

21/10/2013 16h07

Acostumada a frequentar consultórios por causa da bronquite e da sinusite que apresenta desde criança, a dona de casa Telma Ferreira, de 28 anos, teve na última sexta-feira (18), o primeiro contato com um profissional do programa Mais Médicos. Numa crise de bronquite, procurou o Posto de Saúde Vilas Reunidas, no bairro General Carneiro, uma das áreas mais carentes de Sabará, na grande Belo Horizonte.

  • Arte UOL

    Saiba qual a proporção de médicos em cada Estado e o panorama em outros países

Telma foi atendida pelo cubano Jorge Alberto Gil de Monte Santana e gostou do serviço. “Ele foi muito atencioso, me passou um remédio na hora e melhorei”, diz ela. Diariamente, de 300 a 400 pacientes procuram por um dos cinco médicos do posto, de acordo com a gerente da unidade, Fabrícia Víncola. Mas nem a alta procura impressionou Santana, que tem 32 anos de idade e sete de profissão.

Além do atendimento no posto, ele atua no Programa de Saúde da Família (PSF) e fez duas visitas a residências da comunidade. “Assustaram um pouco porque as pessoas não estão acostumadas com um médico ir à casa delas”, disse. Santana ficou surpreso com a falta de informação dos pacientes. “Tive de mostrar onde devem pôr o lixo, explicar que devem beber água fervida e que devem evitar contato com água de esgoto”, afirmou.