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Considerado menor bebê nascido vivo no país, menina que nasceu com 360 gramas tem alta em MG

Carolina, considerada a menor bebê do Brasil, teve alta do hospital Vila da Serra, em Belo Horizonte - Alex de Jesus/O Tempo/AE
Carolina, considerada a menor bebê do Brasil, teve alta do hospital Vila da Serra, em Belo Horizonte Imagem: Alex de Jesus/O Tempo/AE

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

02/05/2012 14h12

Recebeu alta nesta quarta-feira (2), em hospital de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, uma menina nascida com apenas 360 gramas e considerada o menor bebê que sobreviveu após parto prematuro com esse peso já registrado no país.

Carolina foi internada no dia 16 de novembro do ano passado, quando nasceu prematuramente com apenas 6 meses de gestação e 27 centímetros. Hoje, ela está com três quilos e trezentos gramas.

A sobrevivência da menina foi considerada um caso raro na medicina pelos especialistas que a acompanharam durante a internação.

De acordo com Marcos Januzzo, chefe da maternidade do Hospital Vila da Serra, não há registro de caso semelhante no Brasil. Segundo o especialista, bebês nessas condições são suscetíveis a doenças como hemorragias cerebrais, má formação dos pulmões, complicações intestinais, por exemplo.

De acordo com o médico, ainda não há como precisar se a pequena Carolina terá sequelas. O desenvolvimento dela será monitorado.

Parto prematuro 

A criança precisou ser retirada do útero da mãe, Alexandra Terzis, 32, que desenvolveu quadro de eclâmpsia e convulsão, evoluindo para uma crise hipertensiva.

Segundo ela, a gravidez estava inalterada até a 24ª semana, quando começou a passar mal. Emocionada, ela relembra que somente viu a filha cinco dias após o parto.

“Estavam me poupando de vê-la porque ela era muito pequena e tinha poucas chances de sobreviver”, contou.

A mulher, mais aliviada, classificou a filha de “guerreira”.

Ela e o marido não permitiram fotos da criança durante a entrevista coletiva que foi dada no hospital em razão da alta da menina.

Moradores do bairro Mangabeiras, região centro-sul da capital mineira, os pais precisaram fazer algumas adaptações no quarto da menina, que ainda vai precisar de receber oxigênio.

A criança não poderá receber visitas de parentes, por enquanto, por conta do risco de infecções, informaram os pais.