Camisinhas de colágeno e com abas vencem concurso de fundação
Imagine se existisse uma camisinha capaz de se moldar sozinha ao pênis, sem que o usuário tenha que se preocupar com o jeito certo de colocar? E que fosse feita de um material parecido com a pele, tornando sua presença imperceptível? Com certeza muito mais gente usaria o preservativo, não é? Pois essa foi a premissa de um concurso lançado pela Fundação Bill & Melinda Gates, cujos vencedores foram anunciados esta semana.
A ideia foi reunir propostas criativas para criar uma nova geração de preservativos, o que ajudaria a diminuir os índices de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada.
A fundação recebeu 812 ideias. Onze candidatos foram selecionados e premiados com US$ 100 mil cada. Depois que desenvolverem os projetos, eles poderão receber até US$ 1 milhão.
Algumas propostas incluem a substituição do látex por materiais mais finos, que aumentam a sensibilidade. Uma das ideias vencedoras, da Apex Medical Technologies, de San Diego, é usar um material criado a partir de fibras de colágeno de tendões de vaca ou até de pele de peixe. "Eles são incrivelmente resistentes", explicou o presidente da empresa Marcos McGlothlin em declaração ao The New York Times.
Outra ideia, do Conselho de Saúde da Família da Califórnia, é a chamada "camisinha wrap", feita com plástico de polietileno, que se enrola ao pênis ao invés de apertá-lo. Ela viria em uma embalagem com tamanho e largura similar ao de um cartão de crédito, segundo Ron Frezieres , vice-presidente de pesquisa do conselho. E, como outro vencedor - chamado de Rapidom - o preservativo teria abas para facilitar a colocação.
Outra proposta que levou o prêmio é a do engenheiro químico Richard Chartoff, da Universidade de Oregon, que prevê uma camisinha de poliuretano capaz de "memorizar" a forma do pênis e se encaixar como uma camada extra de pele. Ele também considera usar nanopartículas com medicamentos antivirais e antibacterianos.
(Com The New York Times)
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