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Bebês com microcefalia chegam a 1.113 casos em 22 Estados

Do UOL, em São Paulo

12/04/2016 18h06

Chegou a 1.113 o número de bebês com microcefalia ou alterações do sistema nervoso no país, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (12) pelo Ministério da Saúde. Até a semana passada, eram 1.046 casos confirmados. O surto de crianças nascidas com problemas neurológicos está associado à epidemia de zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.  

Até o momento, foram confirmados casos em 21 Estados e no Distrito Federal (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul). A maior parte dos casos (1.027), no entanto, ainda está concentrada no Nordeste. 

Há ainda outros 3.836 casos suspeitos de lesões neurológicas em fase de investigação.

O Ministério da Saúde confirmou 55 mortes durante a gestação ou após o parto em decorrência de lesões cerebrais. Outros 155 óbitos continuam em investigação.

Vírus mata neurônios em desenvolvimento

A Science publicou no domingo uma pesquisa brasileira que mostra o vírus da zika atacando células de neurônios humanos. O estudo ajuda na explicação do elo entre a zika e o surto de casos de microcefalia e lesões neurológicas em bebês.

Células humanas responsáveis pelo desenvolvimento do cérebro foram infectadas pelo vírus em laboratório e tiveram seu desenvolvimento reduzido em 40%, quando comparadas a outras sem contato com o vírus. O resultado não se repetiu quando essas células foram expostas ao vírus da dengue, houve infecção mas não a morte das estruturas.

Zika tem impacto pior que o esperado

Na segunda-feira, autoridades norte-americanas de saúde demonstraram uma preocupação maior com a ameaça representada pelo vírus da zika. Anne Schuchat, vice-diretora no Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, recomendou a grávidas que evitem viagens ao Brasil durante os Jogos Olímpicos.

"Tudo que nós olhamos em relação a esse vírus parece ser um pouco mais assustador do que inicialmente pensávamos", disse Schuchat. 

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