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DSK acionará justiça contra uso de suas iniciais por um bordel na Bélgica

30/04/2014 12h01

PARIS, 30 Abr 2014 (AFP) - O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn vai acionar a justiça contra o uso de suas iniciais por Dominique Alderweireld, conhecido como "Dodo la Saumure", que batizou o seu novo bordel na Bélgica de "DSK", anunciaram nesta quarta-feira seus advogados em um comunicado.

A inauguração do estabelecimento, "DSK" para "Dodo Sex Klub", em Blaton, perto da fronteira francesa, está prevista para esta quarta-feira.

"Depois de estar ciente da abertura iminente de um estabelecimento explorado pelo Sr. Dominique Alderweireld, cuja sigla, escolhida deliberadamente, reproduz suas iniciais, o Sr. Dominique Strauss-Kahn anunciou que tomará todas as medida legais para impedir este atentado", indicaram em um comunicado seus advogados Henri Leclerc, Frédérique Baulieu, Richard Malka, Alain Berenboom e Michèle Hirsch.

"Que seja, isso só me dá mais publicidade. Me diverte. Vamos ver se eles (os advogados) serão bem sucedidos na Bélgica", respondeu à AFP Alderweireld.

"Além de uma ordem de fechamento, eles não têm nada que me impeça abrir o estabelecimento", acrescentou.

O uso da sigla "DSK" faz referência ao ex-chefe do FMI, "mas significa 'Dodo Sex Klub' em holandês", reiterou "Dodo Saumure".

"Meu nome é Dominique. O sexo é meu trabalho, os clubes fazem parte do meu trabalho", concluiu.

Ao anunciar na semana passada a abertura deste estabelecimento, o quinto na Bélgica, ele explicou que o "DSK" empregará "sete meninas, incluindo uma transexual", e será "uma casa de prazer que terá pole dance e quartos", detalhou Dodo.

DSK foi preso em 14 de maio de 2011 e acusado de agressão sexual em Nova York, quando ele era o favorito à eleição presidencial de 2012 na França, vencida pelo socialista François Hollande. O processo penal foi arquivado em 23 agosto de 2011 devido as dúvidas sobre a credibilidade da suposta vítima de DSK, uma empregada doméstica do hotel em que estava hospedado.

O processo civil nos Estados Unidos terminou um ano e meio depois, em 10 de dezembro de 2012, com a assinatura de um acordo financeiro secreto.