Premiê canadense acusa países de mentir sobre mudanças climáticas
OTTAWA, 09 Jun 2014 (AFP) - Os primeiros-ministros do Canadá e da Austrália defenderam, nesta segunda-feira, que se priorize a economia sobre a luta contra as mudanças climáticas, e o primeiro chegou, inclusive, a acusar os países que defendem o contrário de mentir.
Apontados com frequência por não fazerem o suficiente na luta contra o aquecimento global, os dois países enfrentam uma pressão maior desde que o presidente americano, Barack Obama, anunciou na semana passada as primeiras leis para forçar a redução das emissões de dióxido de carbono nos Estados Unidos.
"Não é que não queiramos atacar as mudanças climáticas, mas queremos fazer isso de uma forma que proteja e aumente nossa capacidade de gerar emprego e crescimento, e não o contrário", declarou o canadense Stephen Harper em coletiva de imprensa conjunta com o colega australiano, Tony Abbott.
"E francamente, esta é a posição de todos os países do mundo. Nenhum país, independentemente do que diga, quer empreender ações sobre as mudanças climáticas que destruirão postos de trabalho e o crescimento", acrescentou.
"Nós somos apenas um pouco mais sinceros sobre isso, mas este é o enfoque que cada país busca", considerou Harper.
O primeiro-ministro australiano, que está em giro comercial pela América do Norte, admitiu que o aquecimento global é um "problema importante".
No entanto, disse, "não é o único, nem o mais grave que o mundo enfrenta".
"Temos que fazer razoavelmente tudo o que pudermos para reduzir as emissões e evitar o aquecimento, mas não deveríamos socavar a economia", insistiu.
Obama anunciou na segunda-feira passada novas leis para as emissões das usinas elétricas nos Estados Unidos, alimentadas principalmente com carvão, a fim de reduzir suas emissões de CO2 em 30% com relação aos níveis de 2005 antes de 2030.
O Canadá, que abandonou o Protocolo de Quioto em 2011, considerou as metas do tratado impossíveis de cumprir, ao exigir oficialmente a redução das emissões dos países aderentes em 17% antes de 2020 com base nas emissões de 2005.
O país não está nem perto de alcançar esse objetivo, sobretudo devido ao forte aumento de emissões da indústria petroleira na província de Alberta.
amc-jl/sab/bdx/ll/emm/mvv/dm
Apontados com frequência por não fazerem o suficiente na luta contra o aquecimento global, os dois países enfrentam uma pressão maior desde que o presidente americano, Barack Obama, anunciou na semana passada as primeiras leis para forçar a redução das emissões de dióxido de carbono nos Estados Unidos.
"Não é que não queiramos atacar as mudanças climáticas, mas queremos fazer isso de uma forma que proteja e aumente nossa capacidade de gerar emprego e crescimento, e não o contrário", declarou o canadense Stephen Harper em coletiva de imprensa conjunta com o colega australiano, Tony Abbott.
"E francamente, esta é a posição de todos os países do mundo. Nenhum país, independentemente do que diga, quer empreender ações sobre as mudanças climáticas que destruirão postos de trabalho e o crescimento", acrescentou.
"Nós somos apenas um pouco mais sinceros sobre isso, mas este é o enfoque que cada país busca", considerou Harper.
O primeiro-ministro australiano, que está em giro comercial pela América do Norte, admitiu que o aquecimento global é um "problema importante".
No entanto, disse, "não é o único, nem o mais grave que o mundo enfrenta".
"Temos que fazer razoavelmente tudo o que pudermos para reduzir as emissões e evitar o aquecimento, mas não deveríamos socavar a economia", insistiu.
Obama anunciou na segunda-feira passada novas leis para as emissões das usinas elétricas nos Estados Unidos, alimentadas principalmente com carvão, a fim de reduzir suas emissões de CO2 em 30% com relação aos níveis de 2005 antes de 2030.
O Canadá, que abandonou o Protocolo de Quioto em 2011, considerou as metas do tratado impossíveis de cumprir, ao exigir oficialmente a redução das emissões dos países aderentes em 17% antes de 2020 com base nas emissões de 2005.
O país não está nem perto de alcançar esse objetivo, sobretudo devido ao forte aumento de emissões da indústria petroleira na província de Alberta.
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