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Voo especial repatria 32 vítimas espanholas da Germanwings

15/06/2015 16h16

Barcelona, 15 Jun 2015 (AFP) - Os restos mortais de 32 vítimas espanholas do acidente com o avião da Germanwings, que deixou 150 mortos em março no sul dos Alpes franceses, foram repatriados nesta segunda-feira para Barcelona, de onde decolou, em 24 de março, o voo da empresa alemã, antes de cair nos Alpes.

O avião, um cargueiro MD11 que havia chegado no início da tarde ao aeroporto de Marselha (sul), decolou em direção a Barcelona às 16h00 (11h00 de Brasília) com os 32 caixões a bordo, chegando ao seu destino menos de uma hora depois, informou à AFP um porta-voz do aeroporto.

Ali, os restos mortais eram recebidos por parentes das vítimas e representantes dos governos espanhol e catalão, em uma área do aeroporto sem acesso à imprensa.

"Onze vão diretamente ao local onde os familiares decidiram realiazr os funerais; os outros 21 são transferidos para espaços individuais de velório, habilitados no aeroporto", explicou o porta-voz.

Um total de 150 parentes, entre eles 72 alemães e 50 espanhóis, morreram no dia 24 de março no acidente com o A320 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses. Algumas vítimas espanholas deviam ser transferidas diretamente a seus locais de origem.

"Respeitando os desejos dos familiares, os caixões de algumas vítimas de origem espanhola serão transferidos a outros destinos", informou na semana passada a companhia alemã Lufthansa, filial da Germanwings.

O voo espacial da companhia Lufthansa, da qual a Germanwings é filial, é o segundo em uma semana depois do que repatriou 44 vítimas alemães do acidente a Dusseldorf.

"O objetivo da companhia é poder terminar a repatriação dos corpos até o fim do mês" de junho, disse à AFP um representante da companhia que estava no aeroporto de Marselha.

Segundo os investigadores, o Airbus da Germanwings foi lançado deliberadamente ao chão por seu co-piloto alemão Andreas Lubitz, que tinha graves problemas psicológicos.

Na semana passada, o procurador de Marselha, Brice Robin, explicou após uma reunião com as famílias das vítimas que o co-piloto consultou 41 médicos em cinco anos, sete deles no mês anterior ao acidente.