Racionamento está 'totalmente descartado', diz Alckmin
"A economia começou (na primeira semana) com 500 litros por segundo, ou seja, meio metro cúbico por segundo, e agora (na segunda semana) chegamos ao recorde de 2,12 metros cúbicos por segundo", disse em visita a um conjunto habitacional em Carapicuíba, na Grande São Paulo. O programa prevê que aqueles que diminuírem em 20% o consumo de água terão mais 30% de bônus, o que, conforme Alckmin, representa uma redução de quase 50% na conta de água. "A boa notícia foi a resposta da população", acrescentou.
De acordo com o governador, cada metro cúbico abastece 300 mil habitantes. "Então a economia 2,12 metros cúbicos por segundo permite abastecer uma cidade como Osasco ou São José dos Campos apenas com o uso racional da água", explicou. Alckmin também afirmou que hoje "está totalmente descartada" a possibilidade de racionamento de água na Região Metropolitana de São Paulo. "Se tivermos uma boa colaboração da população com entendo o uso racional da água, eu espero que não (haja necessidade de ocorrer racionamento)."
O governador disse ainda que a queda de 0,1% do nível de abastecimento do Sistema Cantareira nesta terça-feira sinaliza estabilidade. "Nós devemos ter alguns dias de pouca chuva e, a partir do fim de semana, chuvas intensas. Agora precisa ver onde cai a chuva", disse, lembrando que São Paulo vive a pior seca dos últimos 84 anos neste verão.
Sistema Cantareira.
O índice de armazenamento de água do Sistema Cantareira voltou a cair nesta terça-feira e atingiu um novo recorde negativo, chegando a 18,4% da sua capacidade. O nível é o pior já registrado desde o início de operação do sistema, em 1974. Na segunda-feira, 17, os reservatórios do Cantareira contavam com 18,5% da capacidade, mesmo índice registrado no domingo.
Com a estiagem atípica deste verão, no primeiro mês do ano, choveu 87,8 mm, quando a média histórica é de 259,9 mm. Até ontem, a chuva acumulada em fevereiro foi de 47,7 milímetros - 23% da meta esperada para todo o mês, de 202,6 mm.
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