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Vizinhos do viaduto que desabou em BH deixam residências

27/07/2014 21h18

Belo Horizonte - Moradores dos condomínios Savana e Antares, vizinhos do viaduto que desabou em Belo Horizonte no início de julho, começaram a deixar voluntariamente as residências, ameaçadas pela alça norte da estrutura, que ficou de pé, mas tem risco de ruir e terá que ser demolida. Em reunião com as famílias neste domingo, 27, o chefe da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (Comdec), coronel alexandre Lucas, afirmou que por enquanto os moradores não são obrigados a deixar os imóveis. No entanto, eles terão que sair de suas casas quando for marcada a demolição do viaduto.

Segundo a Comdec, 20 famílias havia deixado os apartamentos até o início da noite, mas o órgão esperava que ao menos 50 já fossem transferidos para hotéis. Ao todo, 186 famílias vivem nos condomínios e as hospedagens no período em que tiverem que ficar fora de suas casas serão custeadas pela Construtora Cowan, responsável pela obra na qual ocorreu o desabamento , conforme acordo firmado pela empresa co a prefeitura e o Ministério Público Estadual (MPE).

"Os apartamentos não estão interditados. Vocês terão acesso a eles. Os senhores não estão sendo retirados judicialmente", disse o coronel Lucas aos moradores. Ele ressaltou ainda que a defesa civil está oferecendo "esse tipo de assistência por uma questão de segurança" e porque famílias convocaram o órgão porque "não estavam suportando a angústia de viver ao lado do viaduto". De acordo com a Comdec, todos os moradores já foram notificados sobre o risco de desabamento da alça norte do Viaduto Guararapes, constatado por peritos contratados pela própria Cowan.

Alguns moradores estão se recusando a deixar suas residências, alegando principalmente problemas para mudar a rotina, como escolas de filhos. As pessoas que tiverem que deixar os apartamentos não poderão levar para o hotel no bairro São Cristóvão, na região noroeste da cidade, os animais de estimação, que não são permitidos no estabelecimento. A data da demolição da alça norte ainda não foi marcada. O restante do viaduto desabou no último dia 3, matando duas pessoas e deixando 23 feridas.