China corta juros e dólar reage em queda
O movimento está alinhado à reação da moeda dos Estados Unidos ante as rivais de países emergentes e ligadas a commodities e ocorre apesar de as últimas informações sobre a formação da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff indiquem tendência de volatilidade.
O anúncio do BC chinês ocorre após o enfraquecimento da atividade econômica. A última vez que o banco cortou juros foi em julho de 2012.
O PBoC reduziu a taxa de juros de empréstimo de um ano em 0,4 ponto porcentual, para 5,6%, e cortou a taxa de juros de depósito de um ano em 0,25 ponto porcentual, para 2,75%. A autoridade monetária chinesa também deu mais flexibilidade para as taxas de depósito, ao permitir que bancos ofereçam até 1,2 vez o nível da taxa de referência, de 1,1 vez anteriormente. Segundo o PBoC, o corte de juros não significa uma mudança na direção da política monetária.
O dólar à vista abriu em queda de 0,54%, a R$ 2,5580. Perto das 9h25, valia R$ 2,5590, em baixa de 0,51%. No mercado futuro, a moeda norte-americana para dezembro era cotado a R$ 2,5650 no mesmo horário (-0,50%), depois de iniciar o dia a R$ 2,5640 (-0,54%).
No exterior, imediatamente após o anúncio do BC chinês, a moeda norte-americana perdeu força e inverteu a direção ante as moedas relacionadas a commodities e de emergentes. O dólar caía 0,77% ante o xará na Austrália e 0,20% ante o do Canadá e ainda estava mais fraco que rupia indiana (0,20%); peso mexicano (0,21%) e rublo russo (1,69%).
Ante o iene, o dólar caía a 117,88 ienes, de 118,12 ienes no fim da tarde de ontem. Já o euro recuava a US$ 1,2430, de US$ 1,2541 no fim da tarde de ontem. Em relação à moeda europeia, cabe destacar que ela já havia marcado mínimas mais cedo após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, dizer que a instituição está disposta a ampliar compras de ativos se a inflação da zona do euro permanecer muito baixa por muito tempo. A mínima intraday foi de US$ 1,2423.
Ao mesmo tempo, os negócios locais são influenciados pela expectativa de algum anúncio sobre a composição da equipe econômica no segundo mandato da presidente Dilma e as incertezas tem potencial para gerar volatilidade e até uma elevação do dólar ante o real. Ontem, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, recusou o convite para assumir o Ministério da Fazenda. A presidente Dilma teria se encontrado, em sigilo, com o ex-secretário executivo da Pasta Nelson Barbosa.
Além da escolha dos nomes para a Fazenda e ainda o Banco Central, o mercado doméstico está de olho na questão fiscal. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou ontem que tentará votar na próxima segunda-feira o projeto de lei que flexibiliza a meta do superávit primário deste ano.
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