Programa de SP para usuários de crack atende 99 de outros Estados e um estrangeiro

O levantamento da Prefeitura de São Paulo, que aponta redução de 80% na concentração de pessoas que usam crack no centro, traz ainda um mapeamento da escolaridade e de outros dados das pessoas atendidas pelo "De Braços Abertos".

Ao todo, o programa tem 453 beneficiários cadastrados, dos quais 321 trabalham com varrição de ruas e recebem R$ 15 por dia. Outros 21 já estão trabalhando fora do programa e 16 foram contratados por uma empresa para prestar serviços em equipamentos da prefeitura. Eles ganham R$ 820 por mês.

Dos 453, 286 são homens e 167 mulheres. Nesse total, há 6 adolescentes e 30 crianças. Entre os beneficiários, 290 são do município, 63 de outras cidades de São Paulo, 99 de outros Estados e um estrangeiro.

As equipes de assistência social estimam que 70% chegaram a passar pelo sistema prisional. Cinco têm ensino superior completo e outros nove, incompleto.

O número de beneficiários que estudaram até o 4º ano do ensino fundamental é o maior dentro do balanço: 96. E 13 não são alfabetizados.

Ainda de acordo com a prefeitura, mais de 490 pessoas conseguiram novos documentos ao longo do ano passado, crianças foram inseridas em creches e 18 beneficiários ingressaram em cursos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Foram realizados mais de 54 mil atendimentos de saúde e 599 odontológicos.

Ainda se destacam melhorias no entorno, embora as queixas de moradores e comerciantes sobre a ocupação da área continuem. "O Largo Sagrado Coração de Jesus, antes tomado pelas barracas e fluxo, foi reformado, assim como a quadra poliesportiva e o playground que existem no local", diz o texto oficial.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".