"Momento vivido no Brasil é de muita reflexão", diz Haddad em ato no 1º de maio
Haddad pontuou que a sociedade precisa refletir sobre o risco às conquistas dos trabalhadores nos últimos anos. "A direita se rearticulou e devemos ter consciência real da ameaça à classe trabalhadora", disse. "Mas o fato é que a direita brasileira comete sempre o mesmo erro que é subestimar a força da classe trabalhadora", afirmou Haddad, logo após o discurso de Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT).
Falcão afirmou que o "golpe é um atentado contra os direitos da classe trabalhadora". "O (vice-presidente da República Michel) Temer já começa a querer acabar com alguns benefícios, como a vinculação do salário mínimo da aposentadoria", disse.
O presidente do PT também reagiu ao movimento de reaproximação do PMDB ao governo que, segundo ele, estaria acontecendo. Ele disse que não conversa "com golpistas".
Em seu discurso, o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, criticou Temer, chamando-o de golpista de terceira categoria e lembrou a pesquisa feita pela Vox Populi que mostrou rejeição da população ao vice-presidente e ao impeachment. Freitas afirmou que, para maioria dos brasileiros (58% segundo a pesquisa divulgada em meados de abril), o impeachment da presidente Dilma não é a solução para os problemas econômicos e políticos do País.
Segundo a organização, o ato reúne cerca de 100 mil pessoas no Vale do Anhangabaú. Sindicalistas, pessoas ligadas a movimentos sociais empunharam bandeiras e acompanharam os gritos de ordem contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Fica querida" e "Não vai ter golpe" são algumas das frases repetidas pela massa.
Como a presidente Dilma Rousseff participou do ato, a equipe da Presidência da República redobrou os procedimentos de segurança. Foi criada uma área restrita em frente ao palco, cujo acesso era regulado por seguranças e raio-X. Não era permitida, por exemplo, a entrada de isqueiros e materiais cortantes.
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