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Correção: Novo ministro do Turismo foi financiado por alvos da Lava Jato em 2014

06/10/2016 12h28

Brasília - A matéria publicada na noite desta quarta-feira, 5, continha uma incorreção. Ao citar as empresas que fizeram doações para a campanha do novo ministro do Turismo e que seriam alvo da Lava Jato, a matéria citou a JBS. No entanto, a empresa esclareceu que a JBS não é alvo da Lava Jato. A empresa Eldorado Brasil foi alvo de uma fase da operação em julho. A companhia tem como controladora a J&F Investimentos, que tem entre seus empreendimentos a JBS. Segue texto corrigido:

O novo ministro do Turismo, Marx Beltrão, recebeu doações, em 2014, de empresas envolvidas na Operação Lava Jato. Ele disputou uma vaga na Câmara pelo PMDB de Alagoas. O peemedebista, que é réu no Supremo Tribunal Federal por falsidade ideológica, nunca foi citado nas investigações sobre o esquema de corrupção da Petrobras.

Ele, no entanto, recebeu R$ 300 mil da Camargo Corrêa e outros R$ 30 mil da Braskem, envolvidas na Lava Jato. A soma dos valores corresponde a cerca de 25% do total recebido por ele nas eleições passadas, quando arrecadou pouco mais de R$ 1,2 milhão.

O novo ministro também recebeu R$ 236 mil da JBS. Em julho, a Empresa Eldorado Brasil, do mesmo grupo da JBS, também foi alvo de uma fase da operação.

As doações da Camargo e da JBS foram feitas por meio de repasses do diretório estadual do PMDB. Outras doações feitas via diretório vieram da Impar Serviços Hospitalares S/A (R$ 400 mil) e o Bradesco (R$ 64 mil).

Em nota, a assessoria de imprensa do ministro afirmou que todos os valores recebidos por Beltrão em 2014 foram regulares e constam na prestação de contas apresentadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Vale ressaltar que cerca de 95% do valor doado pelas empresas citadas foram destinados ao partido, e não diretamente ao candidato", disse o texto.