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"Tem muita mulher apanhando do marido porque depende dele pra comer", diz Lula

6.dez.2017 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa ao visitar o Polo Avançado do Instituto Federal Fluminense, na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) - FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
6.dez.2017 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursa ao visitar o Polo Avançado do Instituto Federal Fluminense, na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ) Imagem: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Roberta Jansen

Campos dos Goytacazes

06/12/2017 18h33

As questões de gênero e raça ganharam espaço no discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, virtual candidato à presidência em 2018, nesta quarta-feira (7), no segundo dia de sua caravana no Rio de Janeiro - na segunda-feira, ele passou também pelo Espírito Santo.

"Tem muita mulher que vive apanhando do marido porque depende do cara pra comer. E não é só pobre não, rico também. Agora, uma mulher independente, quando estiver de saco cheio do cara, abre a porta e manda ele embora", disse, ao falar sobre educação e direitos das mulheres, em Campos dos Goytacazes.

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Lula também lembrou da importância da Lei Maria da Penha, que sancionou durante seu governo. "O safado que bater numa mulher tem que pagar, para isso fizemos a lei. A mão é pra trabalhar e fazer carinho, não pra bater em mulher", afirmou, durante o discurso no Instituto Federal Fluminense.

Ao falar sobre a importância do investimento em educação para o desenvolvimento do País, Lula também destacou a questão da mulher: "Uma mulher com educação tem mais do que uma oportunidade de estudar, de crescer. Ela tem garantida também a sua independência", disse.

Ao citar as cotas em universidades públicas, o ex-presidente ainda falou sobe a luta pelo fim do racismo. "O Brasil foi o último país da América latina a abolir a escravidão, a se tornar independente, a dar voto às mulheres, a ter uma universidade. É uma vergonha."

"Temos que parar com esse complexo de vira-lata; temos que ter orgulho da nossa raça, da cor do nosso povo. Dos africanos, dos índios, dos europeus, da nossa miscigenação", pregou.