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Acidentes aéreos que marcaram a política do Brasil

14/08/2014 11h18

SÃO PAULO, 14 AGO (ANSA) - O acidente com o jato que matou o candidato á presidência da República Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), nesta quarta-feira (13), entra para a lista de desastres aéreos que encerraram a vida de políticos brasileiros.   


Campos morreu após o jato Cessna em que estava cair no bairro do Boqueirão, em Santos, no litoral de São Paulo. Outras seis pessoas que estavam no avião também perderam a vida.   


Além do candidato e ex-governador de Pernambuco, outros 14 membros da política nacional morreram em acidentes aéreos. Entre eles, Ulysses Guimarães (PMDB), um dos líderes do movimento pela redemocratização do Brasil, e os ex-presidentes Nereu Ramos e Humberto de Alencar Castello Branco, este, o primeiro presidente militar, após o golpe de 1964.   


Em 1950, o deputado federal Lauro de Freitas, que era do Partido Social Democrático (PSD), fazia campanha pelo governo da Bahia, quando sofreu acidente aéreo na região de Bom Jesus da Lapa, poucos dias antes da votação. No acidente também morreu o deputado estadual Gercino Coelho, que era o candidato a vice na chapa de Freitas.   


No mesmo ano, o candidato ao governo do Rio Grande do Sul, João Pedro Salgado Filho, sofreu acidente de avião no interior do estado, quando ia encontrar-se com o então ex-presidente, Getúlio Vargas.   


Em 1958, o ex-presidente interino do Brasil, Nereu Ramos, morreu em acidente aéreo na cidade de São José dos Pinhais, no Paraná.   


O avião em que estava teve problema na aterrissagem e 18 dos 24 passageiros perderam a vida. Além de Nereu, morreram no desastre, Jorge Lacerda, governador de Santa Catarina na época, e o deputado federal Leoberto Leal.   


Roberto Silveira era o governador do Rio de Janeiro e apontado como sucessor do presidente João Goulart. Em 1961, Silveira sobrevoava a região serrana do Rio de Janeiro, para ver os estragos causados pela chuva, quando o helicóptero que estava sofreu uma pane e caiu. Silveira morreu dias depois, devido aos ferimentos causados no acidente.   


Em 1967, o marechal Humberto Castelo Branco havia acabado de deixar a presidência do Brasil, substituído pelo general Artur Costa e Silva. Em uma viagem, o avião em que estava foi atingido por um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e caiu. A causa do acidente que matou Castelo Branco sempre foi considerada mal explicada pelos inquéritos militares.   


Filinto Müller foi um dos principais aliados de Getúlio Vargas, que governou o Brasil em duas situações. Em 1973, Müller era o líder do governo militar no Senado e foi vítima de um acidente aéreo ocorrido em Orly, na França, quando um avião da Varig realizou um pouso de emergência, matando 123 pessoas.   


Em 1982, o ex-prefeito de Salvador Clériston Andrade fazia campanha para o governo da Bahia, quando o helicóptero em que estava sofreu acidente, matando-o.   


Em 1987, quando fazia uma viagem de trabalho ao Pará, Marcos Freire, então ministro da Reforma Agrária do governo de José Sarney (PMDB), morreu em acidente aéreo. O político já havia sido prefeito de Olinda e presidente da Caixa Econômica Federal.   


Era considerado uma das principais lideranças do PMDB nordestino.   


Um acidente de helicóptero em 1992, matou Ulysses Guimarães, ex-deputado federal e da Assembléia Constituinte e um dos líderes do PMDB. O desastre ocorreu na região de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. No mesmo acidente também morreu o ex-senador Severo Gomes. O corpo de Ulysses jamais foi encontrado.   


Em 2003, o empresário e deputado federal José Carlos Martinez (PTB), morreu em um acidente com seu avião, na região de Guaratuba, no Paraná. (ANSA)
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