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Justiça italiana condena empresários que agenciavam garotas para Berlusconi

Eric Feferberg/AFP
Imagem: Eric Feferberg/AFP

Em Bari

13/11/2015 14h52

O Tribunal de Bari condenou o empresário italiano Gianpaolo Tarantini a sete anos e 10 meses e a atriz alemã Sabina Beganovic a 16 meses de prisão no processo "Escort", que julga pessoas envolvidas nas famigeradas festas do ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi.   

Ambos foram sentenciados por formação de quadrilha e exploração, indução e favorecimento à prostituição de 26 garotas levadas por eles aos chamados "bunga-bungas" entre 2008 e 2009. Já o irmão de Gianpaolo, o também empresário Claudio Tarantini, foi absolvido.   

Berlusconi foi citado em vários depoimentos, mas não estava entre os réus. No entanto, durante o processo, o juiz Ambrogio Marrone descreveu um "desconcertante quadro da vida privada de vários sujeitos, das mulheres ao então primeiro-ministro, que dissimulava uma próspera atividade de exercício da prostituição com uma aparência formal de jantares elegantes".   

O ex-chefe de governo italiano ainda pode ser indiciado no caso "Ruby ter", que investiga suspeitas de corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho. Segundo a Procuradoria de Milão, Berlusconi teria pagado para manter 21 mulheres em silêncio nas audiências do processo "Ruby", no qual foi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.