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Jogos do Rio ficam marcados por inédito time de refugiados

22/08/2016 20h12

RIO DE JANEIRO, 22 AGO (ANSA) - Além de todas as histórias de vitórias e derrotas contadas nas últimas duas semanas, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serão lembrados pelo seu maior exemplo de superação: a inédita participação de um time formado por atletas refugiados.   


Os nadadores sírios Yusra Mardini e Rami Anis; os judocas congoleses Yolande Mabika e Popole Misenga; os corredores sul-sudaneses Anjelina Nadai Lohalith, Paulo Amotun Lokoro, Rose Lokonyen, Yiech Pur Biel e James Chiengjiek; e o maratonista etíope Yonas Kindle: todos eles foram obrigados a fugir de seus países, mas conseguiram entrar no restrito clube dos atletas olímpicos.   


Deles, o que mais se destacou foi Misenga, primeiro refugiado a vencer uma luta no judô, ao derrotar o indiano Avtar Singh na categoria 90kg. Ele foi eliminado nas oitavas de final, pelo sul-coreano Gwak Dong-han, porém foi ovacionado pelo público.   


Assim como Mabika, que perdera na estreia.   


Atualmente morando no Rio de Janeiro, ambos são da República Democrática do Congo (RDC), país que há mais de 20 anos convive com sangrentos conflitos internos e é um dos principais "fornecedores" de refugiados para o Brasil. Misenga era maltratado por seu técnico na RDC e até impedido de comer após derrotas.   


Outra que brilhou foi a síria Yusra Mardini, que conseguiu vencer sua bateria nos 100m borboleta, com um tempo de 1m09s21.   


Ela mora hoje na Alemanha, mas para retomar sua vida teve de pular de um bote superlotado no mar Egeu e nadar até o litoral da ilha grega de Lesbos.   


"Vocês nos inspiraram com seu talento e sua força. Vocês são o símbolo de esperança para milhões de refugiados no mundo", disse na cerimônia de encerramento o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. (ANSA)
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