Madeleine: Há coisas que Cid só falou para Bolsonaro e não tem como provar
Não há como provar o que o tenente-coronel Mauro Cid falava em conversas privadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que dificulta as investigações sobre as joias, analisou a comentarista Madeleine Lacsko no UOL News da manhã desta sexta-feira (26).
Tem coisa que ele falou só ele e o presidente, e não tem como provar. Não adianta enfiar a polícia atrás disso, porque é tempo perdido. Como uma investigação dessa é feita? Você vê o que é mais fácil obter em um conjunto probatório. Dessas coisas que ele disse, o que dá para obter um conjunto probatório? O que é possível provar? O que está mais ao alcance? Daí, você elenca.
O que Bolsonaro teme é que essa investigação seja conduzida com excelência. Se for entrar nisso de que cada coisa que o Mauro Cid disse que falou com alguém e a Polícia Federal ter que conseguir a prova, não vai chegar em lugar nenhum essa história.
Defesa de Cid pede liberdade provisória
A defesa de Mauro Cid pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que conceda liberdade provisória ao militar. Cid está custodiado há cerca de um mês no Batalhão da Polícia do Exército, após ser preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça.
A detenção de Cid se deu após vazamento de áudios em que ele diz que o inquérito da Operação Tempus Veritatis é uma "narrativa pronta". Nos áudios, o militar também diz que Moraes já tem a sentença dos investigados.
Logo após a divulgação das mensagens, Cid compareceu ao Supremo para uma audiência de confirmação dos termos de sua delação premiada. Lá foi informado sobre a nova prisão.
Ao pedir liberdade provisória a Cid, a defesa rechaça a alegação de suposta obstrução de justiça e argumenta que a divulgação dos áudios não impactou a delação premiada do militar, nem as investigações que tramitam no STF.
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