Referendo deste domingo pode dividir Veneza em duas
Cerca de 206 mil italianos foram convocados às urnas neste domingo (1) para votar em um referendo que pode dividir a cidade de Veneza em duas.
Com 246 seções eleitorais, o referendo de hoje trata da emancipação do distrito de Mestre, a área em terra firme do município italiano.
Trata-se da quinta consulta popular sobre o tema em 40 anos. O "não" venceu nas três primeiras votações, ocorridas em 1979, 1989 e 1994. Na última, em 2003, o referendo não atingiu o mínimo de votos necessários para ser validado, contando com um comparecimento de apenas 39% dos eleitores. Por volta do meio-dia local deste domingo, a taxa de afluência era de 7,23%, o que representa apenas 14,9 mil dos 206 mil eleitores totais.
O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, é contrário à emancipação.
Capital do Vêneto, Veneza tem cerca de 260 mil habitantes, dos quais quase 180 mil vivem no continente. Os "separatistas" alegam que a terra firme e a lagoa têm realidades muito distintas e que a primeira recebe menos atenção em detrimento da segunda, onde se concentram os pontos turísticos de Veneza.
Já os "unionistas" dizem que a emancipação de Mestre pode reduzir Veneza a uma ilha de idosos e turistas cada vez menos povoada e tornar a terra firme uma periferia "anônima". Esses argumentos sempre nortearam o debate sobre a divisão, mas o turismo de massa agregou novos ingredientes nos últimos anos.
Destino de milhões de viajantes todos os anos, Veneza abriga uma crescente resistência contra turistas, vistos por muitos como inimigos de uma cidade que sofre com a perda de identidade e o esvaziamento populacional de seu centro histórico.
Para os separatistas, a emancipação de Mestre poderia fazer surgir em Veneza um governo voltado exclusivamente aos problemas provocados pelo turismo de massa. O distrito foi incorporado ao território veneziano em 1926 e, em caso de separação, caberá ao governo do Vêneto definir qual será sua capital. (ANSA)
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