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Mulher morre após cirurgião inexperiente tentar tirar órgão errado em operação

13/01/2012 09h45

Uma idosa britânica morreu após um cirurgião inexperiente tentar retirar inadvertidamente o órgão errado durante uma operação, segundo o resultado de uma investigação divulgado nesta semana.

A contadora aposentada Amy Joyce Francis, de 77 anos, seria operada em julho de 2010 para a retirada de um rim afetado por câncer, mas o cirurgião tentou remover seu fígado.

A mulher sofreu um ataque cardíaco fatal após perder uma grande quantidade de sangue e morreu no hospital Royal Gwent, no País de Gales.

Segundo afirmou o urologista Adam Carter durante o inquérito, o rim de Francis seria retirado em uma operação por laparoscopia.

Treinamento

Na laparoscopia, é feita apenas uma pequena incisão pela qual são introduzidos câmeras e bisturis, evitando grandes cortes e permitindo uma recuperação mais rápida.

Segundo Carter, como a remoção do rim era em teoria a parte mais simples da cirurgia, ele pediu para um médico em treinamento, que estava acompanhando a operação, fazê-la.

Durante a retirada, porém, o anestesista relatou uma súbita queda de pressão na paciente. Carter disse ter percebido então que o fígado havia sido desligado em lugar do rim.

Dois cirurgiões mais experientes foram então chamados à sala de operações para tentar salvar Francis, sem sucesso.

Honestidade

Carter afirmou que como resultado da morte da idosa, os procedimentos cirúrgicos para a retirada do rim por laparoscopia foram levemente mudados em todo o mundo.

Ele disse que já havia realizado esse tipo de operação 20 vezes antes, sem enfrentar problemas.

"Durante uma cirurgia laparoscópica para a remoção necessária do rim direito canceroso, o fígado da sra. Francis foi cortado e identificado equivocadamente e inadvertidamente como o rim e catastroficamente partido e danificado, resultando em morte", disse.

O filho da idosa, Alan, elogiou o médico pela honestidade em admitir o erro e afirmou que aceitava as explicações pelo incidente.

"Acreditamos que o sr. Carter e sua equipe agiram de boa fé para prolongar a vida de minha mãe", afirmou. "Foi um erro honesto", disse.