Crise faz organizadores do festival da tomatina cobrarem ingresso na Espanha
Milhares de turistas visitam todos os anos o tradicional festival da tomatina (ou La Tomatina), na Espanha, com a certeza de poderem se deslocar livremente pela pequena cidade de Buñol, onde o evento é realizado.
Mas este ano, parece que não é bem isso o que vai acontecer no município da região da Valência, que fica a 320 quilômetros a capital Madri.
A crise que afeta o país atingiu Buñol com débitos, o que obrigará os organizadores a cobrarem por ingressos aos que se aventurarem na área onde uma multidão de pessoas se diverte jogando tomates umas nas outras anualmente.
No final do festival, a cor vermelha predomina em todas os lugares, com o suco do tomate cobrindo as ruas e calçadas do lugar.
Preço
A cobrança de ingresso para o festival foi estabelecida para pagar os custos do evento e também para limitar o número de visitantes, que tem aumentado anualmente, de acordo com representantes do governo local.
Turistas terão que pagar um mínimo de 10 euros (o equivalente a quase R$ 32) para participarem.
A nova estratégia tem trazido preocupação de que festivais como o da tomatina poderão ser "privatizados" em períodos de crise econômica na Espanha.
Vendas
Entre os que mais compraram ingressos até o momento estão australianos, japoneses, britânicos, espanhóis e americanos.
Aproximadamente 5 mil ingressos foram reservados para residentes locais. Os organizadores temem que a cidade poderá receber grande número de pessoas sem ingressos.
Autoridades da cidade confirmaram que terão "tolerância zero" contra pessoas sem ingressos e utilizarão várias medidas de segurança.
"Este é o primeiro ano que cobraremos pelo acesso a este popular festival devido à necessidade de se limitar o número de pessoas por razões de segurança", informa uma nota oficial da prefeitura da cidade de Buñol, de acordo com a agência de notícias AFP.
"Temos tido esse problema nos últimos oito ou 10 anos: a tomatina não é controlada, nós não sabemos quantas pessoas virão", disse o prefeito Buñol, Joaquim Masmano Palmer, em entrevista a jornais locais.
Mas o custo da organização do evento da 'guerra do tomate' é também uma dificuldade extra para a cidade, que acredita-se estar endividada em cifra que ultrapassa os milhares de euros.
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