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Ucrânia: o que cada lado do conflito quer

Volodymyr Shuvayev/AFP
Imagem: Volodymyr Shuvayev/AFP

11/02/2015 16h16

O presidente ucraniano Petro Poroshenko diz que a reunião é "uma das últimas chances" de chegar a acordo de paz

Uma reunião de líderes europeus iniciada em Belarus nesta quarta-feira (11) tenta encontrar uma solução pacífica para o violento conflito no leste da Ucrânia entre tropas do governo e rebeldes separatistas pró-Rússia.

O presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã Angela Merkel, se reúnem nos primeiros três dias com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, para depois se encontrarem com o presidente russo, Vladimir Putin.

Uma rodada anterior de negociações com autoridades de escalões inferiores não teve sucesso em aproximar as partes em conflito.

O líder ucraniano, Petro Poroshenko, diz que o encontro desta quarta é "uma das últimas chances" de se chegar a um acordo de paz incondicional na região.

Entenda o que cada lado deseja:

Ucrânia: Recuperação da autoridade do governo em áreas dominadas pelos separatistas, mesmo com a concessão de maior autonomia para as regiões de Donetsk e Luhansk; desarmamento das forças rebeldes; retirada dos soldados russos; restauração do controle de Kiev sobre a fronteira com a Rússia; troca total de prisioneiros.

Rebeldes pró-Rússia: Separação do resto da Ucrânia e reconhecimento das "repúblicas populares" de Donetsk e Luhansk; não desarmamento das forças separatistas; anistia para os líderes separatistas.

Rússia: Garantias legais para os cidadãos pró-Rússia (ou que falam russo) na Ucrânia; autonomia total de Donetsk e Luhansk em um sistema federal –não necessariamente independência; permanência da Crimeia como território russo; retirada dos soldados ucranianos da zona de combate.

União Europeia e Estados Unidos: Restauração da integridade territorial da Ucrânia; fim da intervenção russa no leste da Ucrânia –retirada de todos os soldados russos e das armas pesadas; monitoramento eficiente da fronteira entre Rússia e Ucrânia e zona desmilitarizada entre os combatentes; democracia completa em Donetsk e Luhansk.