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Ataques do Boko Haram deixam ao menos 40 mortos no norte da Nigéria

21/07/2014 08h46

Lagos, 21 jul (EFE).- Pelo menos 40 pessoas morreram em novos ataques vinculados à seita islâmica Boko Haram no estado de Borno, no norte da Nigéria, informaram nesta segunda-feira fontes policiais.

De acordo com a polícia de Maiduguri, a capital de Borno, um ataque do grupo terrorista realizado no último sábado na cidade de Dalwa-Masuba, no distrito de Damboa, deixou muitos moradores feridos.

Na última sexta-feira, um elevado número de pessoas também morreu em outro ataque em Damboa, no norte da Nigéria, informaram moradores desta cidade à Agência Efe.

No ataque registrado no último sábado, os terroristas assassinaram todos os moradores que encontravam e, inclusive, queimaram suas casas.

"Aqueles que enviamos ao local após o ataque nos trouxeram notícias de morte e destruição. Dizem que muitos dos cadáveres ainda não foram retirados do lugar onde foram assassinados", apontaram as mesmas fontes.

A cidade de Dalwa-Masuba está situada a 80 quilômetros de Maiduguri e a cerca de 40 quilômetros de Damboa, onde os insurgentes lançaram um ataque em grande escala recentemente contra os corpos de segurança militar e policial.

Embora ainda não tenha sido reivindicado, o ataque segue o mesmo padrão das ações perpetradas pela seita islâmica no norte do país.

Os terroristas islâmicos têm seu bastião em Borno, e perpetram a maior parte de seus atentados neste e nos estados nigerianos de Adamawa e Yobe.

Os três Estados mencionados se encontram em estado de emergência desde o ano passado, o que não impediu o registro de novos ataques, tendo em vista que mais de 2 mil pessoas morreram desde o início do ano.

Além dos ataques mencionados, o Boko Haram mantém mais de 200 meninas sequestradas desde o último 14 de abril, quando raptaram as mesmas em uma escola de Chibok, também em Borno.

Mas de 12 mil pessoas morreram e mais de 8 mil ficaram feridas desde 2009, quando a seita islâmica lançou sua campanha de terror.

Boko Haram, que significa "a educação não islâmica é pecado" em línguas locais, luta para impor um Estado de corte islamita radical na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.